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Vacina brasileira contra Covid-19 começa a ser testada em voluntários

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A fase de testes da vacina brasileira RNA MCTI CIMATEC HDT, contra a Covid-19, foi iniciada nesta quinta-feira (13), em Salvador, com aplicação em voluntários. A cerimônia contou com a participação de Marcos Pontes, titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que coordena os estudos.

O primeiro a receber a vacina que será testada foi o Wenderson Nascimento. A idade do voluntário não foi divulgada. Os testes devem durar cerca de um ano, serão feitos apenas na Bahia e terão três fases. Nesta primeira, participam 90 voluntários, entre homens e mulheres com idades que variam de 18 a 55 anos.

Esses voluntários estão divididos entre os que ainda não foram imunizados contra a Covid-19, e os que já foram vacinados com até duas doses, mas não estão com anticorpos suficientes.

O responsável pela pesquisa é o médico infectologista e doutor em Imunologia e Doença Infecciosas, Roberto Badaró. Ele detalhou que a primeira fase está voltada para escolher a dosagem mais segura e o regime de aplicação (dose única ou com reforços), capazes de estimular anticorpos neutralizantes contra o coronavírus.

“Para entrar em aplicação em grande escala, a vacina precisa cumprir as três fases. Na fase dois vamos testar a eficácia. A terceira fase é a fase de administração em larga escala. Nós também temos a expectativa de que ela proteja contra as cinco variantes já existentes. No futuro, portanto, ela poderá ser a vacina rotineiramente aplicada no país”.

Fases 2 e 3

As próximas fases de testes estão programadas para acontecer à medida em que a anterior tenha comprovação de segurança aprovada. A segunda será iniciada com 400 voluntários. Já para a terceira fase, a previsão é de que sejam recrutados de três a cinco mil participantes.

A expectativa é de que a vacina seja capaz de gerar uma imunização mais duradoura, com uma dose menor. Por isso, durante os testes serão avaliados três níveis de doses, com 1, 5 e 25 microgramas. O MCTI não divulgou a dosagem que será aplicada em cada grupo.

A avaliação de um dos grupos será feita com duas doses, em um intervalo de 29 dias. O segundo grupo receberá duas doses com 57 dias de intervalo, enquanto o terceiro será em dose única.

Os estudos são conduzidos pelo Senai Cimatec, com financiamento do governo federal. A primeira fase custará R$ 6 milhões.

Além do Brasil, o estudo do imunizante integra também pesquisa nos Estados Unidos e na Índia. Nos EUA, o ensaio clínico de primeira fase foi aprovado e iniciará com 78 voluntários, na primeira fase. Na Índia, o estudo de fase I já foi feito com 120 participantes e a segunda fase terá quatro mil voluntários.

Como funciona a vacina

A vacina é composta por duas plataformas tecnológicas, sendo uma delas uma substância ativa, o replicon de RNA, e a outra uma formulação lipídica. De acordo com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o replicon de RNA é capaz de ser reconhecido como um RNA mensageiro, e ensina o corpo humano a produzir os anticorpos contra o coronavírus.

A tecnologia usada na vacina contra Covid servirá também para produzir imunizantes de outras doenças dengue, zika, febre amarela, podendo ser adaptada também para alguns tipos de câncer.

Os lotes iniciais, para os primeiros ensaios da vacina foram produzidos pela Gennova Bio, uma farmacêutica indiana, que transferirá a tecnologia da fabricação da vacina para o Cimatec.

A vacina RNA MCTI CIMATEC HDT é considerada brasileira porque tem pesquisadores do Brasil atuando desde o início do desenvolvimento da fórmula, bem como do planejamento e realização dos estudos clínicos.

O MCTI considera ainda outros dois tipos de vacina: as importadas — quando vêm prontas para serem envasadas no país, a exemplo da CoronaVac —, e as licenciadas — que possuem autorização para produção da fórmula no Brasil, como a AstraZeneca/Fiocruz.

Conteúdo G1

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Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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