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SAÚDE

Uso excessivo de álcool cresce mais entre mulheres do que homens no Brasil

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Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou dados do Vigitel referente aos meses de janeiro a dezembro do ano passado. Mas o que isso significa? Trata-se de uma pesquisa que coleta informações sobre a saúde dos brasileiros. E vão desde índices de problemas como diabetes, câncer e hipertensão, até questões como tabagismo, alimentação e estilo de vida. Dentre as descobertas, uma chamou atenção: o uso abusivo de álcool pelas mulheres cresceu de 7,7%, em 2006, para 11%.

A diferença de 3,3% foi maior que a dos homens (1,1%). Para a pesquisa, foi considerada ingestão exagerada de bebida quando ela passava de quatro ou mais doses de uma única vez em períodos menores que 30 dias. E o tipo também poderia variar entre uma latinha de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilados em geral. Pois é, a gente nunca bebeu tanto. E o que isso pode impactar na nossa saúde? Fomos perguntar para especialistas:

Desidratação

Você já deve ter percebido: é só começar a beber, que a vontade de ir ao banheiro aumenta. E a razão de você fazer xixi toda hora está no fato de que o etanol age diretamente em uma glândula do cérebro que inibe a produção do hormônio responsável por controlar a absorção de água pelos rins. E aí, já viu: quanto menos líquido absorvido, mais ele se acumula na bexiga. E quanto mais água fora do corpo, menos para as nossas células.

É por isso que geralmente acordamos com muita sede depois da noite de bebedeira, além de uma dor de cabeça bem chata. E não para por aí. A desidratação afeta a nossa pele também, sabia? “O álcool prejudica qualquer membrana mucosa, do pâncreas e fígado à pele. O primeiro efeito é a desidratação, uma vez que, na verdade, retira todo o fluido da cútis”, explica a dermatologista Cláudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Inchaço

Não estranhe se você estiver com uns quilinhos a mais durante a ressaca. “Álcool nada mais é do que açúcar. E seu consumo em excesso pode até elevar o peso a curto prazo, mas não devido ao aumento de gordura propriamente dito. É porque o corpo precisa reter mais água para metabolizar toda a glicose ingerida no dia anterior”, diz o médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo. Funciona como um efeito rebote da desidratação inicial. Ao perceber que está perdendo líquidos, o organismo tende a reter mais do que o necessário por precaução.

Engordar

Muita gente fala das altas calorias que uma latinha de cerveja contém. Contudo, o álcool, em si, já é bem calórico. “Um grama da substância tem 7,1 calorias. Quando associado a alguma bebida que adiciona açúcar, um simples drinque pode chegar a até 300. Além disso, ao beber, há a secreção de um hormônio denominado cortisol. Este, por sua vez, estimula as células a armazenar gordura no abdômen”, alerta Alexander.

Dentre os drinques que parecem inofensivos, mas não são tanto, estão: o vinho branco, que tem alta concentração de açúcar; o famoso mojito, carregado em açúcar e xarope, o que resulta em uma bebida com alto índice de carboidratos; e a margaritas, com a combinação perigosa de açúcar e sal.

Hipertensão

“Alguns estudos recentes demonstram que o açúcar pode influenciar no aumento da pressão arterial. Isso se deve ao fato de que sua ingestão excessiva tende a aumentar os níveis de ácido úrico no corpo, que influencia no revestimento interno das artérias e eleva a pressão”, afirma Alexander.

Olheiras

Sim, as olheiras tendem a dar as caras depois do happy hour. “Principalmente as mais arroxeadas e inchadas por conta do acúmulo de líquido subcutâneo”, diz Cláudia Marçal.

Problemas no rosto

Como já te contamos anteriormente, o álcool gera desidratação. E isso é um sério problema para a pele do seu rosto. “Em um primeiro momento, há um ressecamento maior da região. Depois, e principalmente em pacientes que sofrem com a oleosidade, pode ocorrer o efeito rebote”, explica a dermatologista. Ou seja: mais oleosidade e, consequentemente, mais acne.

Sem contar que a bebida inflama os tecidos e provoca aquela característica vermelhidão nas áreas mais sensíveis do rosto. “No começo, não é grande coisa. Mas depois de um tempo (de seis meses a dois anos), se você continuar bebendo exageradamente, isso pode virar algo mais proeminente”, diz Cláudia. Um grande problema para quem já sofre com dermatite e rosácea.

Problemas de cicatrização

Quanto mais elevado o teor alcoólico da bebida, mais difícil fica a sua cicatrização. É por isso que quem passa por procedimentos estéticos tem que ficar longe do líquido por um tempo. “Em cirurgias mais invasivas, ele afina o sangue e aumenta o risco de sangramentos, prolongando a recuperação”, afirma o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Os médicos podem recomendar a suspensão do consumo duas semanas antes e depois do procedimento.

O que fazer para minimizar esses efeitos do álcool?
Se você for beber, acompanhe o drinque com água para aumentar o efeito diurético, além de ajudar a reidratar o corpo. Da mesma forma, invista em cremes hidratantes com antioxidantes e anti-inflamatórios para ajudar na recuperação do tecido cutâneo do rosto. E dependendo da sua idade, talvez você tenha que pegar mais leve. “Isso porque aos 20 anos, o álcool tende a deixar o corpo três horas depois de ingerido. Já aos 40, o tempo multiplica: são necessárias 33 horas”, diz Cláudia.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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