conecte-se conosco




SAÚDE

Uso de antidepressivos por longo prazo pode contribuir para ganho de peso

Publicado

em

O uso de longo prazo de medicamentos antidepressivos foi associado a um aumento sustentado no risco de ganho de peso ao longo de cinco anos, aponta estudo publicado nesta quarta-feira no periódico científico “The BMJ”. Segundo os pesquisadores, pacientes que foram receitados 12 dos mais comumente usados remédios deste apresentaram maior probabilidade de elevação da massa corporal que pessoas que não tomaram as drogas neste período, com o risco se mostrando mais elevado no segundo e terceiro anos de tratamento.

Obesidade e ganho de peso são um problema global de saúde pública. Só no Brasil, o último levantamento sobre o tema, divulgado pelo Ministério da Saúde no ano passado, indica que, em 2016, 53,8% da população adulta estavam com sobrepeso ou obesidade, definidos como um índice de massa corporal (IMC) – obtido a partir da divisão do peso em quilos pelo quadrado da altura – igual ou maior que 25 e 30, respectivamente.

E como muitas vezes pessoas com obesidade severa também sofrem com a depressão, pesquisadores liderados por Rafael Gafoor, do King’s College London, decidiram investigar o impacto que os tratamentos para a distúrbio de humor poderiam trazer no problema de peso. Para tanto, os cientistas analisaram dados sobre a evolução do peso e do IMC de cerca de 300 mil adultos britânicos com idade média de 51 anos incluídos em um sistema de acompanhamento de pacientes no Reino Unido, com todos necessariamente tido seu IMC medido ao menos três vezes no período 2004-2014.

Com base nessas informações, os pesquisadores agruparam os participantes de acordo com seu IMC, desde os que tinham o peso considerado “saudável” até os severamente obesos, assim como se foram receitados ou não algum antidepressivo em um dado ano. Eles então puderam calcular que ao longo dos dez anos de acompanhamento, o risco de uma pessoa tomando antidepressivos elevar em pelo menos 5% de seu peso era pelo menos 21% superior ao das pessoas que não tomaram os remédios.

Além disso, entre as pessoas originalmente classificadas como de peso “saudável”, as chances delas verem seu IMC subir para as categorias de sobrepeso ou obesidade eram 29% maiores entre os medicados para a depressão, mesmo risco observado entre as que estavam com sobrepeso “subirem” para a classificação de obesas. Por fim, os cientistas observaram que esses riscos atingem um pico particular no segundo e terceiro anos de uso dos remédios. Segundo os cálculos, neste período as chances de ver um aumento de 5% do peso entre os que tomam antidepressivos eram 46% maiores do que no grupo sem prescrição para esses remédios.

Assim, embora este seja um estudo observacional, em que não é possível traçar relações de causa e efeito entre o uso de antidepressivos e obesidade, os pesquisadores consideram que este tipo de medicamento “pode estar contribuindo para o aumento de peso de longo prazo no nível populacional, e que o potencial de ganho de peso deve ser considerado quando da indicação de tratamentos antidepressivos”.

– Mas é importante ressaltar que nenhum paciente deve parar de tomar sua medicação e, se tiver qualquer preocupação, deve conversar primeiro com seu médico ou farmacêutico – destaca Gafoor.

Compartilhe
CONTINUE LENDO

SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Compartilhe

Publicado

em

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

Compartilhe
CONTINUE LENDO

SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

Compartilhe

Publicado

em

O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

Compartilhe
CONTINUE LENDO

SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

Compartilhe

Publicado

em

Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

Compartilhe
CONTINUE LENDO

Mais Lidas