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EDUCAÇÃO

Relatório da OCDE reprova exame brasileiro que avalia ensino superior

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A eficácia da principal avaliação de ensino superior do País é criticada por um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, na sigla em português), divulgado nesta sexta-feira, 21. Feita a pedido do Ministério da Educação (MEC), a análise questiona a continuidade da aplicação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), pois avalia que a prova tem objetivos “irreais” e falha na tarefa de atestar a qualidade das graduações. O exame, aponta o relatório, tem “fraquezas significativas” em concepção, elaboração, objetivos e resultados obtidos.

Por isso, a OCDE recomenda ao MEC que avalie se vale a pena mantê-lo. “É questionável se a qualidade e a utilidade dos resultados obtidos com o exame justificam o gasto de dinheiro público”. Em 2017, a aplicação do Enade custou R$ 118 milhões. O MEC pagou 225,6 mil euros (cerca de R$ 990 mil) para que a OCDE – órgão reconhecido internacionalmente pela capacidade de avaliar a qualidade da educação, é responsável por exemplo pela elaboração do Pisa (Programa Internacional de Aavaliação de Alunos) – fizesse a análise sobre o sistema brasileiro. No entanto,o ministério informou aos Estado que não autorizou a divulgação do relatório e que não se manifestaria.

Criado em 2004, o Enade é obrigatório para conclusão da graduação em instituições de ensino privadas e nas públicas federais. O exame avalia o rendimento dos alunos em duas partes: em relação aos conteúdos específicos dos cursos em que estão matriculados e em conhecimentos gerais. A prova visa a avaliar a qualidade das graduações no País. As notas do exame são convertidas em uma escala por faixas, que vai de 1 a 5. O mesmo ocorre com o Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador composto pelo Enade, dados sobre perfil dos professores e infraestrutura. O primeiro problema da prova, segundo o relatório, está relacionado à participação dos estudantes. Apesar de o exame ser obrigatório para o estudante, o resultado obtido não tem impacto no histórico escolar.

A equipe destaca que, a cada edição, o Enade registra entre 10% e 15% de abstenção e diz que há evidências de que uma “proporção significativa” dos que fazem a prova deixam grande parte das questões em branco. Sobre o formato, o relatório critica a avaliação de conhecimentos gerais. Para a OCDE, é “problemático” que o exame exija que os alunos de todas as graduações tenham adquirido conhecimentos e habilidades genéricas como as cobradas na prova. Também questiona a parte específica da avaliação e aponta que o conteúdo cobrado no exame pode engessar os cursos, uma vez que as faculdades podem passar a restringir o que ensinam ao que é avaliado na prova para, assim, obter uma nota melhor. Segundo o relatório, há um risco de a prova inibir inovações nos cursos. Além do conteúdo cobrado na prova, o relatório também aponta falhas na elaboração do exame, já que os resultados não podem ser comparados entre diferentes edições.

Dessa forma, a avaliação não permite saber se um curso melhorou ou piorou sua qualidade ao longo dos anos. “Atualmente, os resultados do Enade são usados como base para decisões regulatórias (por exemplo, a renovação do reconhecimento de um curso de graduação), mas não são usados pelas instituições de ensino e professores para identificar o que precisam melhorar em seus cursos”, diz. O documento também aponta como ponto negativo o fato de não haver níveis mínimos de desempenho esperados dos alunos. “As pontuações no Enade são simplesmente números. Não é possível saber se os alunos que estão em cursos que atingiram 50% ou 60% de acertos na prova apresentam desempenho bom ou ruim”. O relatório conclui que é importante uma reflexão do MEC sobre a manutenção do Enade. E sugere que, se o ministério quiser manter o exame, é importante que sejam feitas alterações para que a prova seja capaz de fornecer informações confiáveis que ajudem professores e instituições a melhorar seus cursos.

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EDUCAÇÃO

Na Bahia, 17 campi do Instituto Federal da Bahia estão em greve

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) está com indicativo de greve; no entanto, sem data para adesão

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Foto: Andressa Lopes/Rede Clube

Os professores e servidores das instituições em greve, reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro. Os níveis de paralisação variam. Em algumas instituições, professores e técnicos-administrativos aderiram à greve. Em outros casos, apenas os professores, ou apenas os técnicos, estão paralisados.

Na Bahia, 17 campi do Instituto Federal da Bahia também entraram em greve. Além disso, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) está na lista das instituições que aderiram à greve nesta segunda. Já a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) está com indicativo de greve; no entanto, sem data para adesão.

O Ministério da Educação declarou, por meio da assessoria de imprensa, que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias”. A pasta diz ainda que vem participando das mesas de negociação que trata de condições de trabalho dos servidores que atuam nas instituições de educação.

Conteúdo/Fonte: Metro1

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Enem 2024: prazo para pedir isenção começa nesta segunda

Saiba quem tem direito e como solicitar.

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Foto: Divulgação/Depositphotos

Começa nesta segunda-feira (15) o prazo para solicitar a isenção de pagamento da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Na edição de 2023, o valor da inscrição foi de R$ 85.

Os pedidos de isenção devem ser submetidos na Página do Participante (enem.inep.gov.br/participante) com o login do gov.br até 26 de abril.

Abaixo, confira as respostas para as principais dúvidas sobre o benefício e sobre o Enem 2024.

💰 Quem tem direito à isenção de taxa?

  • Participantes que estão no 3º ano do ensino médio de escolas públicas;
  • alunos que estudaram durante todo o ensino médio na rede pública ou como bolsistas integrais da rede privada, desde que tenham renda familiar per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo (R$ 1.980);
  • cidadãos em vulnerabilidade social, membros de família de baixa renda com inscrição no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

💻 Como solicitar a isenção? É preciso entrar na Página do Participante e informar o CPF, a data de nascimento, o e-mail e um número de telefone válido.

☹️ E quem estava isento no Enem 2023, mas não fez a prova? Nesse caso, é necessário entrar na Página do Participante e justificar a ausência (anexando um atestado médico ou um boletim de ocorrência, por exemplo). Caso contrário, perderá o direito à isenção.

✉️ Quando saem os resultados da isenção? Em 13 de maio. Caso o pedido seja negado, é possível entrar com recurso entre 13 e 17 de maio.

📝 Quem conseguir a isenção precisa se inscrever no Enem? Sim. Todos, isentos ou não, deverão fazer a inscrição no Enem 2024, no período que ainda vai ser divulgado pelo Inep.

Datas do período de isenção e justificativa

  • 15 a 26 de abril: justificativa de ausência no Enem 2023 e solicitação de isenção do Enem 2024.
  • 13 de maio: resultado da justificativa de ausência no Enem 2023 e solicitação de isenção do Enem 2024.
  • 13 a 17 de maio: recurso da justificativa de ausência no Enem 2023 e solicitação de isenção do Enem 2024.
  • 24 de maio: resultado do recurso da justificativa de ausência no Enem 2023 e solicitação de isenção do Enem 2024.

Conteúdo G1

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EDUCAÇÃO

Universidades e institutos federais marcam greve a partir de segunda-feira (15)

De acordo com nota do sindicato, por tempo indeterminado.

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Foto: reprodução / Agência Brasil

Professores de universidades e institutos federais aprovaram greve, marcada para esta segunda-feira (15), reivindicando reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais àqueles concedidos ao Legislativo e Judiciário, ainda neste ano. Os servidores técnico-administrativos de pelo menos 30 institutos federais já estão em greve há um mês.

Em pauta nacional unificada, os docentes das universidades federais pedem reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propôs reajuste zero este ano, e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026. Os professores também cobram a equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.

Segundo a seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), os serviços essenciais serão mantidos durante a greve. A categoria ainda encaminhou a formação de um comando local de greve, que será composto pela diretoria da seção sindical, conselho de representantes e a comissão de mobilização da campanha salarial.

Univerdade estadual também aprova paralisação

Os docentes da Universidade do Estado da Bahia aprovaram por unanimidade a paralisação das atividades acadêmicas, em todos os campi da universidade, por 24h, na próxima quinta-feira (18). A manifestação, de acordo com publicação do sindicato ADUNEB, terá concentração às 9h, em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

O dia de paralisação contra o Governo Estadual terá como mote: “Não queremos viver pela metade”. Uma das principais reivindicações da Frente Única de Servidoras/es Públicas/os é a abertura da mesa de negociações.

BNews

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