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SAÚDE

Oito sinais de que você pode estar sofrendo de doença da tireoide

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A tiroide é uma glândula situada na base do pescoço imediatamente abaixo da ‘maçã de Adão’ e é constituída por dois lobos unidos por uma parte central. A sua função é produzir e libertar para a circulação sanguínea duois hormônios, a tri-iodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4 ou tiroxina), essenciais para o normal funcionamento do organismo, através do controle/velocidade do metabolismo das células. Por esse fato são essenciais no crescimento e desenvolvimento do organismo, regulam a temperatura corporal, a frequência cardíaca e tensão arterial, o funcionamento dos intestinos, o controlo do peso, dos estados de humor, entre outras funções.

Adicionalmente, a sua atividade é regulada por outros hormônios produzidos por glândulas localizadas no cérebro que detectam os níveis sanguíneos dos hormônios tiroideias e assim estimulam a glândula tiroideia a segregar mais ou menos hormônios consoante a necessidade.

O órgão da tiroide pode ser afetado por diversas doenças, de um modo mais geral mais comuns nas mulheres. As patologias principais são: Bócio, presença de nódulos, hipertiroidismo, hipotiroidismo e as doenças autoimunes, como a Doença de Graves e a tiroidite de Hashimoto, que resultam da produção de anticorpos pelo próprio organismo que podem estimular ou destruir a glândula.

Quais as causas das Doenças da Tiroide?

As causas variam de doença para doença.

No caso dos nódulos, muitas vezes não existe uma explicação para o seu aparecimento. Em outros casos, podem ser por causas genéticas, radioterapia da cabeça e pescoço, alguns medicamentos ou a uma deficiência de iodo.

O hipertiroidismo pode resultar de uma doença autoimune, da presença de um nódulo ou mais nódulos que produzem em excesso hormônios tiroideias; de uma tiroidite (infeção viral da tiroide), de um excesso de hormônio tiroideia por ingestão excessiva desse tipo de tratamento, de uma ingestão excessiva de iodo a nível alimentar (sal iodado, peixe, marisco e vegetais) ou presente em alguns medicamentos e produtos, como a amiodarona, solução de lugol, contrastes para realização de exames radiológicos.

O hipotiroidismo pode resultar também de uma doença autoimune, da falta ou excesso de iodo o qual é fornecido pelos alimentos (sal iodado, peixe, marisco e vegetais), de uma cirurgia prévia com remoção parcial ou total da glândula, do uso de alguns medicamentos, como a amiodarona, lítio ou interferão; da exposição a radiações durante radioterapia para doenças da tiroide, cabeça ou pescoço.

Sintomas

1. Nervosismo, ansiedade e irritabilidade

O hipertireoidismo ou tireotoxicose (dependendo da causa da doença) leva à elevação da atividade do metabolismo do organismo, inclusive no cérebro, provocando nervosismo, ansiedade e irritabilidade. Além disso, o aumento da produção de calor causa o incremento da transpiração e sensação de calor excessivo, mesmo na presença de temperaturas relativamente mais baixas. A transpiração abundante causa perda da água corporal, o que leva ao aumento da sede e, consequentemente, à ingestão compensatória de líquidos. A pele costuma ficar quente e Húmida. A elevação da atividade metabólica pode provocar ainda irregularidades menstruais, aumento do número de evacuações e diarréia.

2. Taquicardia e cansaço aos mínimo esforço

No caso da taquicardia, a pessoa tem a sensação subjetiva de batimento acelerado do coração (palpitações). Juntamente com o cansaço aos mínimos esforços, são sintomas muito frequentes em pacientes com hipertireoidismo ou tireotoxicose. Esses indivíduos também podem apresentar tremor, hipercinesia (motilidade excessiva, com aumento da amplitude e da rapidez dos movimentos) e hipertensão arterial, especialmente da ‘máxima’ ou sistólica (pressão observada no momento da contração do coração). A hipertensão arterial, na maioria das vezes, não provoca sintomas, mas a pessoa pode sentir dor de cabeça e tontura, por exemplo.

As pessoas com hipotireoidismo podem, também, ter hipertensão arterial, especialmente da ‘mínima’ ou diastólica (pressão observada no momento do relaxamento do músculo cardíaco).

3. Bócio (aumento do volume da glândula tiroide)

As doenças tireóideas podem ocorrer sem alterar a secreção de hormônios. Em alguns casos de inflamação (tireoidite), carência de iodo na alimentação e presença de nódulos, por exemplo, a glândula pode estar aumentada e até mesmo ser visível na região anterior do pescoço.

4. Alterações dos olhos

Sinais oculares como retração palpebral, olhar fixo ou assustado são decorrentes da hiperatividade adrenérgica (adrenalina e noradrenalina) que podem ocorrer em qualquer caso de excesso de T3 e T4.

Já no caso do hipotireoidismo, as pálpebras e o rosto podem adquirir um aspecto inchado. Além disso, os cabelos ficam secos e quebradiços e a aparência apática e melancólica. Pode ocorrer um aumento da queda capilar e a pele comummente apresenta-se fria, áspera e seca.

Outro sinal comum presente nas pessoas com hipotireoidismo é a cor amarelada da derme. Tal deve-se à diminuição da conversão de caroteno em vitamina A no sangue, que resulta na elevação dos níveis séricos de caroteno (carotenose).

5. Hipercolesterolemia (aumento dos níveis de colesterol no sangue)

Os hormônios tireóideas influenciam quase todas as fases do metabolismo lipoprotéico. Níveis reduzidos desses hormônios podem acarretar a elevação do colesterol total e do LDL colesterol (colesterol mau). Podem ainda levar à elevação dos níveis de triglicéridos.

6. Ganho ou perda de peso

Uma vez que as hormonas tireóideas aumentam a atividade do metabolismo, o excesso pode ocasionar redução do peso ao passo que a carência pode resultar em ganho. Assim, quando há aumento ou perda de peso sem motivos aparentes, isto é, sem modificação na dieta e nas atividades físicas, a avaliação dos hormônios tireóideas deve ser realizada.

7. Falta de memória e raciocínio lento

São sintomas comuns quando há hipotireoidismo, sendo ocasionados pela redução da atividade do metabolismo do sistema nervoso e dos músculos. A tristeza e a depressão também podem estar presentes.

A diminuição da atividade metabólica pode levar também ao aumento da sensação de frio, fadiga, irregularidades menstruais, rouquidão, redução da mobilidade do intestino e prisão de ventre.

8. Dores e cãibras musculares

O hipotireoidismo origina, frequentemente, dores, cãimbras musculares e sensação de formigueiro no corpo. Isso é decorrente da falta de T3 e T4 nos nervos periféricos e nos músculos. A ocorrência desses sintomas sem motivo aparente pode ser um motivo para investigação da glândula.

Vale lembrar que muitas dessas manifestações clínicas são queixas comuns em pessoas sem qualquer doença da tiroide. Dessa forma, na presença de sintomas e sinais clínicos de problemas de tiroide, consultar um endocrinologista é a melhor solução para ter um diagnóstico exato.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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