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No Brasil, oito links maliciosos são acessados a cada segundo

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Num e-mail de alta prioridade, o presidente da empresa pedia urgência em uma demanda. O analista financeiro João Gabriel Silva correu para atender o chefe, que incluiu na mensagem um hiperlink para tabelas importantes a serem analisadas. Ao clicar nele, no entanto, a tela congelou. Para a sorte de João Gabriel, aquilo era apenas um teste. A “fraude do CEO” é uma obra de engenharia social: ataques virtuais que tentam enganar pessoas para ter acesso a informações privadas de seus computadores.

Especialistas afirmam que, com o desenvolvimento das tecnologias de defesa dos computadores, hackers descobriram que é mais fácil mirar na falha humana. E estão tendo sucesso: no Brasil, em média, oito links maliciosos são acessados por segundo, de acordo com o Relatório DFNDR Lab, da empresa de segurança PSafe. Isso significa que, ao longo de apenas um dia, quase 700 mil ataques virtuais são bem-sucedidos no país.

É por isso que empresas como a de João Gabriel estão criando golpes falsos como forma de testar e educar seus funcionários, explica o carioca de 22 anos:

— Quando você clicava no link que deveria direcionar para a planilha, aparecia uma notícia de que era um phishing (nome dado à técnica de enviar e-mails falsos ou direcionando sites falsos, com o objetivo de roubar dados) e explicava que é um tipo de golpe que te leva a clicar em links falsos para instalar vírus e ter acesso a seus dados.

Depois da experiência, o jovem passou a notar mais detalhes quando recebe uma correspondência eletrônica. O primeiro detalhe é a grafia do endereço de e-mail de quem enviou: nesse caso, o e-mail usado não era da empresa, o que já deveria despertar um alerta. O segundo detalhe é a verificação do hiperlink recebido, que em geral vem encurtado ou disfarçado como parte do texto (o famoso “clique aqui”). Ferramentas on-line permitem que se expanda novamente o código, de forma a verificar se o endereço é de fato o que o remetente diz ser.

Especialista em segurança da informação, Anderson Ramos é chefe de tecnologia da Flipside, consultoria de conscientização em segurança da informação. Ele explica que engenharia social é uma estratégia de ataque que consiste em enganar o internauta para fazê-lo clicar em links corrompidos ou a entregar dados que dão acesso a contas de banco, por exemplo. Seu trabalho é desenvolver e implementar testes comportamentais dentro de empresas para identificar o quão conscientes os funcionários estão sobre as ameaças de ataque usando essas estratégias.

Campanhas de Conscientização

Entre as experiências desenvolvidas estão e-mails como o recebido por João Gabriel e a disposição de pendrives pelas mesas de trabalho, por exemplo, para ver se as pessoas vão abrir seu conteúdo nos computadores e expor, assim, as máquinas a um possível vírus. Ele explica que o índice brasileiro de oito cliques em links corrompidos por segundo não foge à média global, que está constantemente subindo, mas surpreende devido ao comportamento do brasileiro fora do mundo virtual:

O curioso em relação ao brasileiro é que se trata, em geral, de um povo precavido e desconfiado fora do mundo virtual. O que percebemos é que isso não se transpõe para o universo digital. Esse universo não é tão dócil quanto pode aparecer no primeiro momento. E você vê que o noticiário avisa sobre golpes, mas as pessoas parecem ainda não reconhecê-los.

O gestor de segurança do banco BTG Pactual, Gabriel Borges, explica que a engenharia social se tornou um dos grandes focos da equipe de segurança de dados. Ele conta que, como muitas pessoas ainda não sabem o que é engenharia social, o principal trabalho é o de educar as pessoas e alertar sobre os tipos de golpe existentes. A prioridade subiu quando os índices de ataques usando esse tipo de estratégia subiram em todo o mundo.

— O pulo do gato do hacker que usa engenharia social é fazer com que as pessoas confiem em algo em que geralmente não confiariam. É importante ter campanhas de conscientização, porque esses caras não desistem.

Além da “fraude do CEO”, que exige um conhecimento mínimo sobre a dinâmica de uma empresa, outro tipo de golpe muito comum e que desta vez mira pessoas físicas é o da promoção relâmpago. Mensagens via WhatsApp e e-mail prometem descontos contanto que a pessoa faça a compra logo. Especialistas alertam para que internautas tenham cuidado com esse tipo de propaganda e com boletos de fatura falsos ou notificações de dívida com a Receita Federal.

— Usam argumento de autoridade aliado a um senso de urgência, ou uma promessa de retorno financeiro rápido, para fazer a pessoa clicar sem notar os detalhes — diz Cleber Paiva, especialista em segurança da informação e sócio da empresa de cibersegurança Proof.

O indicado, antes de comprar, é fazer uma busca pelo site da loja para verificar se a promoção é real. Em casos de boletos recebidos por e-mail sem que o cliente tenha pedido, o ideal é entrar em contato com o banco por telefone.

Aplicativos

A Receita aconselha que o contato seja feito por meio do Centro Virtual de Atendimento da Receita, em seu site oficial. E alerta que existem páginas que simulam o visual e o endereço do site oficial da instituição. “Tais páginas, embora visualmente muito semelhantes ao original, são falsas e — portanto — não são fontes confiáveis de informações. Esses sites usam artifícios para roubar dados e senhas”, explica a instituição em anúncio publicado em abril. O indicado pela instituição é verificar se o endereço termina com a extensão “gov.br”. Neste ano, a Receita denunciou tentativas de fraude inclusive por meio de cartas.

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Erupção de vulcão faz Indonésia elevar grau de perigo e emitir alerta de tsunami

Cerca de 11 mil pessoas foram obrigadas a abandonar a áreas de risco, nesta quarta-feira (17).

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Foto: AFP Photo/Centro de Vulcanologia e mitigação de riscos geológicos/PVMBK

A erupção de um vulcão na Indonésia levou o país a emitir um alerta para risco de tsunami, na noite de quarta-feira (17). As autoridades também elevaram o nível de alerta para o Monte Ruang para o mais alto diante do aumento das atividades vulcânicas.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram raios e relâmpagos de cor roxa acima do vulcão. Uma nuvem de cinzas de quase 3 km de altura também se formou. Veja no vídeo acima.

A montanha registrou ao menos cinco grandes erupções nas últimas 24 horas. As autoridades temem que parte do monte caia no mar e provoque um tsunami. Algo semelhante foi registrado em 1871.

Além disso, em 2018, a erupção do vulcão Anak Krakatoa na Indonésia provocou um tsunami ao longo das costas de Sumatra e Java, depois de partes da montanha caírem no mar. À época, mais de 400 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

Nesta quarta-feira, cerca de 11 mil pessoas foram retiradas de áreas de risco. O governo pediu para que moradores e turistas fiquem a uma distância de pelo menos 6 km do vulcão.

O Monte Ruang fica em uma ilha remota no norte da Indonésia. A agência de vulcanologia havia alertado na segunda-feira (15) que a atividade do vulcão tinha aumentado após dois terremotos registrados nas últimas semanas.

A Indonésia registra atividades sísmicas e vulcânicas frequentes por sua localização no “Anel de Fogo do Pacífico”. O país tem cerca de 120 vulcões ativos.

Conteúdo G1

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Repórter investigativo Afonso Monaco morre aos 78 anos

Jornalista travava uma batalha contra o câncer.

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Crédito: Record TV

O jornalista Afonso Monaco, de 78 anos, morreu nesta sexta-feira (12), após travar uma longa batalha contra um câncer. Veterano na Record, ele fez sucesso ao investigar diversos casos jornalísticos policiais.

O jornalista foi um dos comunicadores a focar no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, em maio de 2007, resultando na credibilidade do seu trabalho investigativo.

Além de fazer parte do Domingo Espetacular, da Record, ele também fazia reportagens especiais para o programa Câmera Record. Após descobrir a doença, Afonso precisou se afastar da profissão por um tempo.

Segundo a emissora da família Macêdo, o jornalista passou mais de 50 anos se dedicando ao que mais gostava de fazer: trabalhar no jornalismo.

“Nos mais de 50 anos dedicados ao jornalismo, Afonso é um dos repórteres mais respeitados do Brasil, emprestando sua credibilidade às matérias que nos últimos anos estavam na Record. Seu compromisso com a verdade e sua paixão pelo jornalismo deixam um legado inestimável”, diz a nota emitida pela empresa.

Ele deixa esposa e filhos. O velório de Afonso Monaco será realizado neste sábado (13), das 14h às 18h, no Funeral do Morumbi.

Conteúdo Correio

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Com março mais quente já registrado, Terra tem 10º mês seguido com recorde de calor

Dados foram divulgados pelo observatório europeu Copernicus.

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Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Secom

Março de 2024 foi o mais quente já registrado, de acordo com relatório divulgado pelo observatório europeu Copernicus (C3S) nesta segunda-feira (8). Esse é o 10º mês consecutivo de recorde de calor, segundo os cientistas.

Em tese, cada um dos últimos 10 meses foi classificado como o mais quente da história, na comparação com cada mês correspondente dos anos anteriores.

O Copernicus informou que o período entre abril de 2023 e março de 2024 foi considerado os 12 meses mais quentes do planeta, com temperatura 1,58ºC acima da média da era pré-industrial, no século 19.

Os cientistas do observatório europeu afirmaram que a principal causa do calor acima da média são as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o El Niño também contribuiu para o aumento da temperatura nos últimos meses.

“Ver registros como esse, mês após mês, nos mostra que realmente o nosso clima está mudando. Mudando rapidamente, afirmou a vice-diretora do C3S, Samantha Burgess, à Reuters.

As mudanças climáticas puderam ser notadas nos últimos meses em diversos pontos da Terra.

A seca, por exemplo, provocou recorde de incêndios florestais na área amazônica sob o controle da Venezuela, entre janeiro e março. Já no sul da África, colheitas foram destruídas, deixando milhares de pessoas em situação de fome.

Lista de recordes

A marca de temperatura de março se soma à lista de recordes globais de calor neste e no último ano:

  • Primeiro, o planeta registrou o mês de junho mais quente da história.
  • Depois, a marca foi sendo quebrada a cada novo mês: julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e, agora, março.
  • Além disso, o número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo, muito antes do final de 2023.
  • E, para piorar, pela 1ª vez, o mundo registrou um dia com a temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial.
  • Fora tudo isso, julho de 2023 foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.

Conteúdo G1

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