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Morte de João Alberto reacende o debate sobre racismo no Brasil

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Na última quinta-feira, 19, João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, foi assassinado por dois seguranças brancos após um desentedimento em um supermercado do Carrefour, em Porto Alegre (RS). O crime, que causou protestos dentro e fora do Brasil, reacendeu a discussão sobre o racismo no país.

Um dia depois do assassinato, O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em postagem em uma rede social, sem citar o caso do Carrefour, negou a existência de racismo no país. Bolsonaro disse ser “daltônico” e defendeu que “todos têm a mesma cor”.

“Não nos deixemos ser manipulados por grupos políticos. Como homem e como presidente, sou daltônico: todos têm a mesma cor. Não existe uma cor de pele melhor do que as outras. Existem homens bons e homens maus. São nossas escolhas e valores que fazem a diferença”, escreveu o presidente.

No mesmo tom, o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), após ser questionado por jornalista sobre o caso do Carrefour, afirmou que no Brasil “não existe racismo”. O vice-presidente lamentou a morte de João Alberto, que classificou como fruto de uma “segurança totalmente despreparada”.

O posicionamento do presidente e vice viraram alvos de críticas de entidades da sociedade civil, artistas, políticos e especialistas, que condenaram o negacionismo de Bolsonaro e Mourão.

“É um completo absurdo e desrespeito à maioria da população que sente na pele as desigualdades e abismos criados pelo racismo estrutural. A maioria que está em situação de pobreza, desempregada, que é a primeira a sofrer a violência do Estado ou de entes privados, que é excluída das posições de comando nas carreiras do mercado de trabalho ou espaços de representação e poder sabe que carregar na pele a cor da noite é o fator que determina o impedimento do nosso acesso a determinados espaços e posições sociais”, pontuou a socióloga e presidente nacional da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Ângela Guimarães.

O professor de direito e coordenador do Programa Direito e Relações Raciais (PDRR/Ufba), Samuel Vida, afirmou que o governo bolsonaro é marcado “pelo negacionismo histórico e científico”.

“As recentes declarações do presidente da República, e de seu vice, afirmando inexistir racismo no Brasil, não surpreendem quem acompanha o cotidiano da atuação política e institucional destes personagens. Marcados pelo negacionismo histórico e científico e pela adoção de teorias conspiratórias, as declarações compõem a estratégia de empurrar os problemas reais para debaixo do tapete e ocupar o imaginário e o espaço midiático com o show de bizarrices que escondem a incapacidade de apresentar ao país um projeto ou mesmo uma ação minimamente qualificada para a gestão da máquina estatal e de suas obrigações na esfera das políticas públicas”, explicou.

“A negação da existência do racismo tenta restabelecer a doutrina da democracia racial, acolhida e defendida pela ditadura militar, mas que conta com simpatizantes em todo o espectro político brasileiro. Afinal, admitir a existência do racismo implica, por consequência, admitir que há profundas injustiças e desigualdades que merecem a atenção e a correção.”, complementou o professor.

‘Racismo velado’

Cleide Coutinho (Psol), recém-eleita para vereança em Salvador pela chapa coletiva Pretas por Salvador, afirmou que o posicionamento de Bolsonaro demonstra o racismo velado brasileiro. “A fala do presidente e vice traz esse racismo velado, esse racismo que as pessoas insistem em colocar debaixo do tapete. Quando você não assume que não tem racismo, é difícil de se combater. É necessário, primeiro, assumir que somos um país racista, sim”, disse.

“Acredito que o Presidente Bolsonaro e o Vice Mourão são dois gestores que seguem um padrão de governo que está a serviço dessa estrutura racista e escravocrata. Quando eles afirmam que no Brasil não tem racismo, não me surpreende, eles são desavergonhados e não têm capacidade de olhar os dados e a realidade do Brasil, a exemplo do encarceramento da juventude negra, dos índices elevados de desemprego no Brasil. Logo não podemos ficar surpresos com declarações do presidente e do vice, eles estão ali cumprindo uma agenda racista e excludente”, pontuou o museólogo e presidente estadual da Unegro-Ba, Eldon Neves.

Para a professora de história, Gicélia Cruz, Bolsonaro e Mourão são “homens brancos que negam a escravidão”. “O presidente e o vice são de uma ideologia negacionista, são homens brancos que negam os 400 anos de escravidão negra no Brasil. Tentam apagar essa parte da história do Brasil. E aí vem com negacionismo, de que no Brasil não existe. O racismo no Brasil existe, sim. Eu, como mulher preta, presencio o racismo todos os dias. O fato de eles negarem, eles já estão sendo racistas. Basta olhar o alto escalão do governo e você não vê um negro.”.

O ator do Bando de Teatro Olodum, Jorge Wahington, chamou o presidente e vice de “fascistas” e afirmou que o “fascismo sempre usou dessa lógica, de que no Brasil não existe o racismo”.

“Nós vivemos em uma país extremamente racista, em um estado extremamente racista, em uma cidade extremamente racista, e os dados estão aí para não nos deixar mentir. Se você for ver quem são encarcerados, quem está desempregado, para quem são pagos os menores salários, e o cara vem dizer que não existe racismo no Brasil. Esses índices todos ai de desigualdades é por conta da cor da pele, sim, é porque eles acham que nós, negros, somos inferiores, mas não somos. Nós somos, na realidade, guerreiros e guerreiras, porque a gente nunca baixou a cabeça, sempre teve luta.”, comentou.

Possíveis caminhos

Com a negação da existência do racismo por parte do governo federal, chega-se a um impasse: não se pode combater o que não existe. Um relatório elaborado pela Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados indicou que o governo Bolsonaro descontinuou, ou deixou de implementar, ao menos nove política públicas ou instâncias de deliberação para a garantia dos direitos da população negra e combate ao racismo.

“Tanto a sociedade civil como o governo têm que assumir: somos um país racista, sim, e que a gente precisa mudar essa realidade. Enfrentar isso de frente, combater esse mal, porque esse mal é ruim para todo mundo. Essa divisão não vai levar ninguém para lugar nenhum. Então tem que encarar de frente, dizer ‘olha somos racista sim e vamos mudar essa realidade.’”, propôs o ator Jorge Washington.

Para o professor Samuel Vida, não há soluções fáceis na superação do racismo.

“Não existe um roteiro único ou um conjunto pronto de medidas para o combate ao racismo. É possível identificar alguns elementos mínimos para o estabelecimento de uma mobilização societal e institucional. O primeiro deles diz respeito ao reconhecimento da existência do problema e sua amplitude sistêmica, do diagnóstico sobre as características gerais e as consequências do racismo para as vítimas e para o conjunto da sociedade. O segundo, diz respeito à perspectiva sistêmica de enfrentamento, que exige medidas em todas as áreas da vida social e deve engajar todas as instituições, tanto públicas, quanto privadas.”, disse.

“O terceiro, diz respeito à implementação imediata de políticas de reparação e ações afirmativas para interromper os circuitos fechados de reprodução das desigualdades e concentração de poder. O quarto, diz respeito ao reconhecimento da autonomia cultural, civilizatória, organizacional e política das práticas das diversidades, assumindo a natureza pluricultural da sociedade brasileira. O quinto, diz respeito à garantia de acesso aos recursos econômicos, desde o trabalho e renda até o acesso ao crédito e ao fomento para o desenvolvimento de iniciativas econômicas e arranjos produtivos que possibilitem uma profunda redistribuição e democratização dos recursos e riquezas existentes na sociedade”, continuou o professor.

“A Sociedade civil precisa escolher bem seus representantes. De 2018 pra cá, no Brasil cresce uma onda racista e reacionária, que vem destruindo políticas públicas que foram conquistadas pelos movimentos sociais, que ajudam a amenizar as desigualdades, porque o racismo não é um processo que some da noite para o dia, ele tá impregnado na nossa sociedade há mais de 470 anos. Sendo assim o poder público, seja ele em qualquer esfera, precisa produzir as condições tanto subjetivas, quanto matérias para que a população negra possa sair da condição de desigualdade e isso se dá através de políticas públicas”, afirmou Eldon Neves.

“Eu acho que a gente só vai poder combater o racismo de fato aqui no Brasil quando esse país assumir que é racista. Enquanto isso, a gente segue lutando, combatendo, seguimos fortes na luta, e que todos os negros e negras deste país possam se levantar contra o racismo, contra a violência, contra todo tipo de opressão.”, pontuou Cleide Coutinho.

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Casamento precoce: 40 meninas de até 17 anos se casam por dia no país

Dados do IBGE mostram que foram 17 mil, em 2021.

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Foto: StockSnap / Pixabay

Sintoma da pobreza e da falta de oportunidades. O casamento precoce é um dos problemas sociais do Brasil. De acordo com a ONU, Organização das Nações Unidas, somos o 4º país, no mundo, em números de meninas que se casam antes dos 18 anos.

Dados do IBGE mostram que foram 17 mil, em 2021. Ou seja, uma média de 40 meninas de até 17 anos que se casam, por dia, no Brasil.

A porta-voz do Fundo de População das Nações Unidas, Anna Cunha, explica que o casamento de meninas é visto como uma forma de algumas famílias lidarem com a pobreza. No Brasil, essa é uma realidade que está muito mais presente nas regiões Norte e Nordeste.

“São também as regiões com maiores índices de pobreza, de extrema pobreza e caracterizadas pelos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Podem ser fatores que levam ou a própria menina ou mesmo a sua família a enxergar num casamento, numa união que mesmo temprana, possa ser vista como uma alternativa que possa trazer segurança, estabilidade. Mas que na prática também tem grandes riscos de trazer aspectos de vulnerabilidade”.

Esses “aspectos de vulnerabilidade” que Anna Cunha menciona são os impactos negativos que o casamento precoce traz para a vida e o futuro dessas meninas. Um deles é a exposição a violências e o abandono escolar.

Segundo relatório do Banco Mundial, em parceria com a ONU mulheres, 30% dos jovens brasileiros que abandonam a escola, no Ensino Médio, são meninas que se casaram antes dos 18 anos.

Para a especialista em questões de gênero no Banco Mundial, Paula Tavares, esse é apenas um dos problemas.

“O casamento e a gravidez precoce têm efeitos negativos profundos que vão desde maiores riscos para a saúde, menor escolaridade, renda mais baixa na idade adulta e maior fertilidade. Podem contribui para a pobreza e maior risco de violência doméstica. Sabemos que os casamentos precoces são os principais responsáveis pela gravidez na adolescência. Maioria das adolescentes com filhos estão fora da escola. No médio e longo prazos isso leva a uma redução na autonomia, na capacidade de escolha, menores oportunidades de trabalho e profissionalização e menor renda ao longo da vida. Quando o nível de escolaridade das meninas cai, o impacto assim não é apenas nas meninas, nas jovens adolescentes; mas também nos seus filhos, nas suas famílias, no seu país”.

Segundo as Nações Unidas, uma a cada quatro adolescentes casadas ou em união estável, entre 15 e 19 anos, sofreu violência física ou sexual praticada pelo parceiro, pelo menos uma vez na vida.

O Código Civil brasileiro permite o casamento aos 16 anos, desde que autorizado pelos pais. Na Câmara dos Deputados, está em discussão um projeto de lei que proíbe o casamento e a união civil de menores de 18 anos.

Anna Cunha, do Fundo de População das Nações Unidas, explica que a mudança na legislação é apenas uma forma de reduzir o problema. Ela defende uma série de medidas.

“Trazer melhores condições socioeconômicas. Enfrentamento à pobreza/extrema pobreza. Dar melhores condições educacionais. Trabalhar com aspectos de desigualdades de gênero. Também é necessário trazer e construir novas masculinidades, que sejam masculinidades positivas e mais engajadas com relacionamentos igualitários. É necessário também transformações legais nos estatutos de normas e legislações. Então tudo isso, conjuntamente, traz o enfrentamento ao problema”.

A cada ano, 15 milhões de meninas de até 17 anos se casam, em todo o mundo. O Banco Mundial identificou que, nos últimos anos, mais de 50 países eliminaram todas a brechas nas leis, proibindo rigorosamente o casamento com menores de 18 anos.

Agência Brasil

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Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025

Números estarão no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias a ser oficializado pelo governo Lula às 17h desta segunda-feira (15).

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Foto: Globonews/Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. Os dados foram antecipados pelo Blog do Gerson Camarotti.

“Até me explicar aqui: nós não costumamos antecipar os dados da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] antes da entrevista oficial, mas vazaram estes dois dados. Eu até me desculpo por estar falando disso antes das 17h que o horário é combinado, mas sim, os dados são esses”, disse Haddad.

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias que será apresentado nesta segunda-feira (15) vai prever salário mínimo de R$ 1.502 e meta de déficit zero para 2025 — e não mais de superávit, como previsto até o ano passado.

Questionado sobre se decisões econômicas recentes do Congresso Nacional não ajudaram tanto o governo federal quanto decisões do ano passado, Haddad elogiou o fato de os parlamentares terem tido “coragem de enfrentar temas espinhosos e contrariar interesses e lobbies estabelecidos” ao longo de 2023.

“Não é fácil. A medida provisória do finalzinho do ano [sobre déficit zero] foi menos bem recebida do que as medidas do ano passado. É da vida, da democracia, mas nós precisamos discutir seriamente esses casos para continuar na trilha de, ao equilibrar as contas, permitir que os juros caiam, permitir que o crescimento seja mais robusto”, disse.

Segundo o ministro, é necessário que o governo Lula continue trabalhando com o Congresso em busca “tanto de menor despesa quanto de recomposição de receitas”.

Haddad destacou o fato de o Brasil estar “crescendo sem inflação” e citou o resultado de 0,16% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em março, enquanto os Estados Unidos registraram aumento de 0,40% no mesmo período.

Reforma tributária

Questionado sobre reforma tributária, o ministro disse ter se reunido na sexta-feira (13) com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e que sua equipe trabalhou no fim de semana para agilizar a redação final da proposta — que deve ser apresentada nesta semana.

“Nós estamos fazendo tudo para a Casa Civil estar com esse texto na mão nas próximas horas e aí o presidente [Lula] decide como fazer a solenidade de entrega”, disse. “Eu quero que esteja no Congresso o quanto antes”.

Bastidores políticos

Questionado sobre o cenário político e a disputa entre oposição e governo Lula já pensando na próxima eleição presidencial, em 2026, Haddad afirmou que boatos e disputas políticas dos bastidores atrapalham e geram ruídos. Segundo ele, Lula não é imbatível em eleições polarizadas contra bolsonaristas, por exemplo.

“Nessa quadra histórica em que há espaço para o extremismo, não tem ninguém invencível de jeito nenhum, nem um lado, nem o outro. Essa cartada do Lula em 2022 de se unir ao centro para gahnar a eleição do Bolsonaro, é uma coisa que pode ter consequências duradouras sobretudo se o centro continuar compreendendo o que está em jogo, e se o próprio governo compreender os riscos que continua correndo”, afirmou.

Conteúdo G1

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Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em março e abril

Caixa pagará neste mês R$ 4 bilhões.

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Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Cerca de 3,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em março e abril podem sacar, a partir desta segunda-feira (15), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2024. A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e no Portal Gov.br.

Ao todo, a Caixa Econômica Federal liberará R$ 4 bilhões neste mês. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador, no caso do PIS, ou o número final de inscrição do Pasep. Os pagamentos ocorrem de 15 de fevereiro a 15 de agosto.

Neste ano, cerca de R$ 27 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2024 será pago a 24,87 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, 21,98 milhões trabalham na iniciativa privada e receberão o abono do PIS e 2,89 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.

O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes. O saque poderá ser feito desde o dia de liberação do lote até 27 de dezembro de 2024. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho e Previdência.

Quem tem direito

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2022. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 117,67, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.412.

Pagamento

Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.

Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.

O pagamento do abono do Pasep ocorre por meio de crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode fazer a transferência por TED para conta de sua titularidade nos terminais de autoatendimento, no portal ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.

Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) atendeu recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente dois anos após o trabalho com carteira assinada.

Agência Brasil

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