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BAHIA

Martagão Gesteira realiza primeiro transplante de medula óssea pelo SUS na Bahia

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Referência em pediatria na Bahia, o Hospital Martagão Gesteira realizou seu primeiro transplante pediátrico de medula óssea neste mês. Foi o primeiro procedimento do tipo feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia e a expectativa é de que a unidade de saúde o realize periodicamente.

Segundo a oncopediatra Natália Borges, responsável por coordenar a equipe que fez a cirurgia, o Martagão já possui uma demanda interna, com cerca de 10 pacientes com indicação para o transplante. “Mas esse número vai ser muito maior no momento que a gente abrir para todo estado”, estima.

Ela e o médico Carlos Emanuel Melo, presidente da Liga Álvaro Bahia, que é a entidade mantenedora do hospital, realizaram uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (27) para anunciar o sucesso da cirurgia. Eles divulgaram que o Martagão agora está apto para oferecer esse serviço, o que fará com que muitas famílias não mais precisem se deslocar para outros estados em busca do tratamento.

Diante das condições físicas e de pessoal, a médica transplantadora avalia que o hospital tem capacidade para fazer até duas operações do tipo por mês. “Atualmente, temos dois leitos que foram reformados pra atender essas duas crianças. Inicialmente, dois transplantes por mês, mas isso pode aumentar à medida que a gente tenha uma demanda maior, mais estrutura”, ressalta Natália.

Também presente no evento, o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, reforçou o compromisso do governador Rui Costa (PT) em apoiar as ações do hospital. Ao reconhecer os avanços promovidos pelo Martagão no intuito de oferecer à população “uma alternativa terapêutica até então inexistente”, ele afirmou que o governo estadual fará o aporte dos recursos necessários “para tornar esse investimento sustentável”.

BUSCA POR NOVA ACREDITAÇÃO

No que compete à administração do Martagão, os médicos reforçaram que o plano é aprimorar o trabalho, tanto no que tange à capacitação dos profissionais quanto à estrutura das instalações. “Precisamos sistematizar, promover mais transplantes, padronizar os nossos transplantes, aumentar a nossa capacidade e, ao longo do ano que vem, o programa deverá aumentar um pouco mais, pois nós incluiremos os transplantes de fígado”, anuncia Melo.

Natália explica que a unidade começou com o transplante autólogo, que é quando o paciente é o próprio doador, porque ele exige uma complexidade menor. O próximo passo é se habilitar para oferecer transplante alogênico, quando o doador é uma terceira pessoa. No entanto, ela adianta que a legislação prevê um período de dois anos executando o modelo autólogo para que a unidade de saúde possa requisitar a acreditação que permita o segundo procedimento.

PACIENTE 01

A paciente beneficiada com a cirurgia foi Isabela Cerqueira, de 4 anos. Há um ano, a criança sofria com um neuroblastoma, um tipo de câncer raro, descoberto já no quarto nível. Além dos médicos, o pai da menina, o lavrador Rubem Antunes Cerqueira, também falou com a imprensa. Em mensagem enviada pela assessoria da unidade de saúde, ele compartilha a alegria da família com o sucesso do tratamento local.

“Foi do dia 27 de junho até hoje. É um período longo, mas a gente trabalha e luta no objetivo da vitória”, comenta, otimista, ao lembrar do desgaste, mas também do progresso que a filha teve com a quimioterapia. “O tumor já desapareceu e agora com esse tratamento que ela fez do transplante, acreditamos que a qualidade de vida dela vai ser outra”, acrescenta.

Apesar da alta-médica, Isabela ainda não vai para casa. Como a família vive na zona rural de Serrinha, no interior, ela ficará em uma casa de apoio na capital para que possa ter um acompanhamento mais próximo.

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Cientistas da UERJ identificam nova espécie de dinossauro que viveu no Recôncavo Baiano

Segundo a universidade, o trabalho também revelou os primeiros ossos de dinossauros descobertos na América do Sul.

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Foto: Thales Nascimento/Divulgação

Um estudo coordenado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) identificou uma nova espécie de dinossauro que viveu no Recôncavo Baiano. Segundo a universidade, o trabalho também revelou os primeiros ossos de dinossauros descobertos na América do Sul, “proporcionando apontamentos valiosos sobre a fauna pré-histórica da região”.

O espécime foi batizado como Tietasaura derbyiana, em homenagem à “Tieta do Agreste”, romance do escritor Jorge Amado, e ao geólogo e naturalista Orville A. Derby, fundador do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil e um dos pioneiros da paleontologia brasileira.

A equipe de paleontólogos, coordenada pelas pesquisadoras Kamila Bandeira e Valéria Gallo, ambas do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag) da Uerj, analisou fósseis coletados entre 1859 e 1906 na Bacia do Recôncavo, unidade geológica localizada no Nordeste do Brasil. Esses materiais eram considerados perdidos, mas foram encontrados recentemente no Museu de História Natural de Londres.

Durante a análise, foi identificada a espécie nova, a primeira no Brasil de um dinossauro do grupo dos ornitísquios, uma ordem de dinossauros herbívoros, caracterizados pelo focinho em forma de bico e pela estrutura da pélvis que se assemelha à das aves.

“Os achados descritos nesta pesquisa representam, não apenas uma das faunas de dinossauros mais diversas deste intervalo de tempo, mas também uma descoberta histórica importante”, ressalta Bandeira. “As ocorrências de dinossauros em depósito Pré-Barremiano, ou seja, de cerca de 130 milhões de anos atrás, são raras, mundialmente falando, e consideradas produto de uma escassez global de depósitos continentais desse período”, completa.

Os resultados foram publicados neste mês de abril no periódico científico Historical Biology, fornecendo novas perspectivas sobre a evolução e diversificação dos dinossauros, além de destacar a necessidade de preservar coleções históricas para o avanço da ciência.

Conteúdo G1

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Mais de 300 mil baianos já podem trocar antena parabólica de graça

Afiliadas locais de grandes emissoras brasileiras fazem parte da lista de canais disponíveis no novo equipamento.

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Crédito: Divulgação

Os moradores da Bahia que já fizeram a substituição da parabólica tradicional pela nova parabólica digital têm uma grande vantagem: podem assistir as afiliadas locais da Globo e Record. Esse é um dos benefícios do novo equipamento, que vem sendo instalado gratuitamente pela Siga Antenado nos lares de famílias de baixa renda que assistem à TV via satélite.

A substituição da parabólica tradicional pelo kit gratuito com a nova parabólica digital é fundamental, pois em breve o sinal das parabólicas tradicionais será desligado, tornando indispensável a atualização para manter o acesso à programação de TV. Quem é beneficiário de programas sociais do governo federal e utiliza a parabólica antiga para ver TV, não precisa se preocupar, pois pode ter direito à instalação do kit gratuito com o novo equipamento, realizada pela Siga Antenado.

Sandra Batista dos Santos , moradora de Serrinha, é uma das beneficiárias do programa. Ela avalia que a presença de canais locais trouxe à família mais informações sobre a comunidade onde vive. “Quando eu tava com a parabólica antiga, assistia poucos canais. Agora os meninos assistem desenho, eu assisto ao jornal, dá para acompanhar tudo quase em tempo real”, comemora.

O agendamento para a instalação gratuita da nova parabólica digital está disponível em 144 cidades da Bahia. Nos próximos meses, o benefício estará disponível para todos os municípios do Estado. Para saber quem tem direito ao kit com a nova parabólica digital, a pode entrar em contato com a Siga Antenado através do site.

Conteúdo Correio

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BAHIA

Número de casos da Febre do Oropouche sobe para 95 na Bahia

Doença viral é transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim.

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Crédito: Conselho Federal de Farmácia/Reprodução

Subiu para 95 o número de casos confirmados da Febre do Oropouche na Bahia. Nesta quinta-feira, 18 de abril, foi confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) que a doença foi mapeada em 17 cidades da Bahia.

O primeiro caso da doença em Salvador foi confirmado no dia 10 de abril.

Confira cidades com casos confirmados da doença

  • Amargosa (3)
  • Camamu (1)
  • Gandu (11)
  • Ibirapitanga (1)
  • Ituberá (1)
  • Jaguaripe (2)
  • Laje (14)
  • Maragogipe (1)
  • Mutuípe (2)
  • Piraí do Norte (1)
  • Presidente Tancredo Neves (9)
  • Salvador (2)
  • Santo Antônio de Jesus (5)
  • Taperoá (4)
  • Teolândia (23)
  • Valença (10)
  • Igrapiúna (3)

A Secretaria de Saúde (Sesab) não divulgou detalhes sobre o estado de saúde dos pacientes.

👉 A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas.

👉 Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue e a chikungunya.

👉Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, sendo o tratamento focado no alívio dos sintomas.

Com o aumento no número de casos, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de investigação epidemiológica nas regiões em que houve registros da doença.

Técnicos da Vigilância Epidemiológica estão fazendo a captura do mosquito transmissor para identificar se estão infectados. O objetivo é compreender melhor o cenário da doença na Bahia.

Por meio de nota, a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, disse que o poder público está em alerta desde o primeiro caso confirmado.

“Toda vez que falamos em agravo de interesse a saúde pública, um caso já é um sinal de alerta para a vigilância epidemiológica, mesmo que não haja um cenário de ameaça iminente”, afirma.

Ainda de acordo com Márcia São Pedro, é importante que as pessoas usem roupas compridas e façam uso de repelentes. “Ressaltamos também que não se deve deixar lixo e folhas acumulados, pois a existência destes materiais facilita a reprodução do vetor”, afirma.

Ela ainda destaca que ao aparecer sintomas, deve-se buscar uma unidade de saúde. Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, é feito o manejo clínico focado no alívio dos sintomas.

Conteúdo G1

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