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SAÚDE

Maioria dos casos de Covid-19 pode vir de pacientes assintomáticos

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Pessoas assintomáticas podem estar transmitindo a Covid-19 mais do que se pensava até agora. É o que diz um novo estudo que analisou dados de casos de Cingapura e da cidade de Tianjin, na China. Quase metade dos casos identificados em Cingapura parecem ter sido passados por pessoas que ainda não apresentavam sintomas, enquanto em Tianjin esse número é ainda maior: cerca de 62% de todas as infecções.

O estudo foi feito por pesquisadores holandeses e belgas e está publicado na base de dados medRxiv, mas ainda não foi revisado por pares.

Como é difícil mapear quem infectou quem com precisão, os pesquisadores trabalharam com os valores mais conservadores das faixas de porcentagens calculadas (entre 48% e 66% dos casos de Cingapura e 62% a 77% de Tianjin). A equipe também calculou o tempo médio entre o momento em que uma pessoa é infectada e o momento em que ela infecta outra pessoa: 5,2 dias para Cingapura e 3,95 para a cidade chinesa.

Um outro estudo usou as mesmas bases de dados para calcular durante quanto tempo uma pessoa infectada pode ter transmitido o vírus antes de aparecerem os sintomas: 2,55 dias para Cingapura e 2,89 para Tianjin.

Ainda não está totalmente certo qual o papel da transmissão assintomática na pandemia de Covid-19. Casos com esta origem já foram bem documentados, mas, até então, pareciam ser responsáveis pela minoria das transmissões. Em seu site, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos diz que esta não é a principal forma de transmissão do vírus. Mas novas evidências, incluindo este estudo, estão começando a apontar que o contrário pode ser verdade.

Um caso que chamou a atenção foi a transmissão em massa que aconteceu durante um evento da empresa Biogen, no estado de Massachusetts (EUA). Após o encontro, três dos funcionários que estavam presentes testaram positivo para a doença, mesmo não apresentando sintomas no dia do evento. Mais tarde, 82 pessoas que estiveram presentes naquela reunião foram infectadas, possivelmente pelas três pessoas que estavam assintomáticas.

Um outro estudo alemão acompanhou a doença em nove pacientes e descobriu que, quando os primeiros sintomas aparecem, a carga viral já está diminuindo no corpo. Isso indica que o potencial de infecção pode ser alto mesmo antes da manifestação de sintomas.

Se de fato os casos assintomáticos estiverem causando um grande número de infecções, isso indica que a estratégia de identificar e isolar apenas pacientes sintomáticos não é efetiva. O isolamento social (evitar ao máximo sair de casa e ficar longe de grandes aglomerações, independentemente do estado de saúde) é a melhor saída. É o que vem sendo adotado na maioria dos países que já estão em estado grave ou estão se preparando para o futuro, como o Brasil. Por aqui, o Ministério da Saúde orienta que aglomerações de pessoas sejam evitadas ao máximo e eventos de grande porte já estão sendo cancelados.

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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SAÚDE

Casos de dengue em gestantes aumentam 345% em 2024

Aumento representa um quadro preocupante de saúde pública.

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Foto: Nuzeee / Pixabay

O número de casos de dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira (1º). 

“Este aumento representa um quadro preocupante de saúde pública, considerando o risco elevado de complicações graves, tanto para elas quanto para os bebês. Formas graves da doença, como choque, hemorragias e óbito representam riscos para as gestantes, enquanto as complicações perinatais incluem prematuridade, restrição de crescimento intrauterino e morte fetal”, informou a pasta. 

Segundo o ministério, em 2023 foram registrados 1.530.940 casos prováveis no país, com um coeficiente de incidência de 753,9 casos por 100 mil habitantes, o que representa um aumento de 16,5% em comparação com o ano anterior.

Desde o início do ano, o Brasil registrou 1.038.475 casos prováveis de dengue e 258 mortes confirmadas pela doença. Outros 651 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país neste momento é de 511,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

Agência Brasil

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