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SAÚDE

Ingestão de fibras e grãos integrais reduz risco de morte, diz estudo

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Uma maior ingestão de fibras alimentares e grãos integrais pode ajudar a prevenir a incidência e morte por doenças não comunicáveis, como problemas cardiovasculares, derrames, diabetes tipo 2 e câncer de cólon, aponta revisão de estudos sobre o assunto feitos nos últimos 40 anos publicada no prestigiado periódico médico “The Lancet”.

Encomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para guiar a formulação de novas recomendações sobre o consumo de carboidratos na dieta, a pesquisa encontrou uma redução de 15% a 30% na mortalidade por todas causas e por doenças cardiovasculares nas pessoas que ingeriam mais fibras quando comparadas com as que comiam menos delas.

Já o maior consumo de alimentos riscos em fibras, como grãos integrais, foi associado a uma queda de 16% a 24% na incidência de doenças coronarianas, derrames, diabetes tipo 2 e câncer colorretal. Por fim, uma chamada meta-análise de ensaios clínicos também sugeriu que aumentar a ingestão de fibras pode ajudar a reduzir o peso corporal e os níveis de colesterol no sangue.

— Revisões e meta-análises anteriores normalmente investigaram apenas um indicador de qualidade dos carboidratos e um número limitado de doenças, não tornando possível estabelecer que alimentos recomendar para prevenir uma gama de condições — conta Jim Mann, professor da Universidade de Otago, Nova Zelândia, e um dos autores da pesquisa. — Nossos achados fornecem evidências convincentes para que as recomendações nutricionais se foquem no aumento do consumo de fibras alimentares e na substituição de grãos refinados por integrais. Isto reduz o risco de incidência e mortalidade por uma ampla gama de doenças importantes.

Ao todo, os cientistas analisaram 185 estudos observacionais abrangendo 135 milhões de pessoas-ano (medida comum em estudos epidemiológicos do tipo) e 58 ensaios clínicos envolvendo mais de 4,6 mil adultos realizados nas últimas quatro décadas para chegar aos resultados, focando-se na morte por ou incidência de doenças do coração, derrames, diabetes tipo 2, câncer colorretal e outros cânceres associados à obesidade, como dos seios, endometria, esôfago e próstata.

Além disso, só foram incluídos estudos em que os participantes eram inicialmente saudáveis, e assim seus resultados não podem ser aplicados a pessoas com doenças preexistentes.

8g a mais de fibras já trazem benefícios

Com isso, os pesquisadores também puderam calcular a partir de qual nível de ingestão de fibras os benefícios à saúde começam a ficar maiores. Segundo eles, cada oito gramas a mais de fibras alimentares por dia reduzem em 5% a 27% as mortes e risco de desenvolvimento de doenças coronarianas, diabetes tipo 2 e câncer colorretal.

O consumo de 25 a 29 gramas diários são a quantidade adequada. Os estudiosos ressaltam, porém, que os dados sugerem que ingestões maiores podem fornecer uma proteção ainda maior.

— Os benefícios à saúde das fibras são apoiados por mais de cem anos de pesquisas sobre sua química, propriedades físicas e efeitos no metabolismo — destaca Mann. — Alimentos integrais ricos em fibras requerem mais mastigação e mantêm muito de sua estrutura no sistema digestivo, aumentando a saciedade e ajudando no controle de peso, podendo também influenciar favoravelmente nos níveis de lipídios e glicose. E a quebra das fibras no intestino grosso pelas bactérias lá residentes tem efeitos amplos adicionais, incluindo proteção contra o câncer colorretal.

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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SAÚDE

Casos de dengue em gestantes aumentam 345% em 2024

Aumento representa um quadro preocupante de saúde pública.

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Foto: Nuzeee / Pixabay

O número de casos de dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira (1º). 

“Este aumento representa um quadro preocupante de saúde pública, considerando o risco elevado de complicações graves, tanto para elas quanto para os bebês. Formas graves da doença, como choque, hemorragias e óbito representam riscos para as gestantes, enquanto as complicações perinatais incluem prematuridade, restrição de crescimento intrauterino e morte fetal”, informou a pasta. 

Segundo o ministério, em 2023 foram registrados 1.530.940 casos prováveis no país, com um coeficiente de incidência de 753,9 casos por 100 mil habitantes, o que representa um aumento de 16,5% em comparação com o ano anterior.

Desde o início do ano, o Brasil registrou 1.038.475 casos prováveis de dengue e 258 mortes confirmadas pela doença. Outros 651 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país neste momento é de 511,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

Agência Brasil

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