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SAÚDE

Hipercolesteromia familiar: Doença silenciosa só é diagnosticada em 10% dos casos

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Uma doença silenciosa pode ser muito perigosa. Mais ainda se você não sabe que corre o risco de desenvolvê-la. É o caso da hipercolesterolemia familiar, que afeta mais de 300 mil brasileiros, mas dos quais somente cerca de 10% foram diagnosticados. Pode levar a alterações cardiovasculares e até mesmo risco de morte súbita em faixas etárias precoces. “Por isso chama a atenção e merece ser investigada”, alerta a cardiologista Naiara. Neste sábado (8), dia da Consciência da Hipercolesteromia Familiar, a especialista explicou sobre o problema ao Bahia Notícias.

A doença é o nível elevado de colesterol LDL, conhecido como colesterol ruim. Para a especialista, a “grande dificuldade” de diagnosticar a hipercolesterolemia é fazer os exames laboratoriais. “Muita gente não tem acesso a serviço de saúde. E por ser uma doença assintomática, o depósito de colesterol vai se modificando nos vasos ao longo dos anos e infelizmente as pessoas que não são diagnosticadas previamente, só vão descobrir em um momento trágico, como um infarto, derrame ou até mesmo a morte”, analisa.

Por ser hereditária, afeta muitos jovens e não está relacionada necessariamente a outros problemas, como a obesidade. É importante uma confirmação da doença ainda criança para evitar complicações. A cardiologista explica que existe a recomendação de traçar o perfil lipídico de todas as pessoas a partir dos 10 anos. E aos dois anos também é indicada a coleta de colesterol total. O exame pode revelar baixos índices específicos em crianças com fatores de risco como pressão alta, diabetes, histórico familiar de doença (enrijecimento das artérias) ou morte por doença cardiovascular prematura. “Através do exame, detectados os níveis de LDL, colesterol acima dos 190 já é muito sugestivo dessa condição. Mas ainda não dá o diagnóstico”, explica.

A doença também pode ser identificada por sinais clínicos, que são depósitos de colesterol na pele, nos olhos ou perto dos tendões, além de histórico familiar. Já o diagnóstico definitivo é dado por identificação de mutações e poliformismos genéticos que favoreçam o desenvolvimento da hipercolesteromia.

É possível que seja feito um rastreio no posto de saúde. Durante a anamnese, o médico deve pesquisar fatores como o histórico familiar de hipercolesterolemia, o uso prematuro de medicamentos e idade de acometimento dos familiares. Já por exame físico, é possível identificar os sinais clínicos (depósito de colesterol) e pedir um exame laboratorial. “Diante de todos esses achados, pode sugerir o diagnóstico e dar um encaminhamento adequado”, explica.

A cardiologista explica que quanto mais precoce for o tratamento, melhor é o prognóstico. “Alguns estudos estimam que pode haver aumento da expectativa de vida dos pacientes de 10 a 30 anos, se eles usarem a terapia hipolipemiante com medicamentos”, conta. Também é indicado hábitos de vida saudável como alimentação equilibrada, com fibras, carboidratos, colesterol de boa qualidade, além da prática de atividade física. “Uma alimentação não vai reduzir tanto o nível de colesterol, mas podem ajudar a reduzir e controlar outros fatores de risco cardiovasculares que venham a se desenvolver”, aponta.

Não há idade estipulada para o início do tratamento. Naiara diz que é comum o pensamento de que este tipo de doença acomete somente idosos. Mas por conta das mudanças dos hábitos de vida, a cardiologista explica que doenças do coração são vistas cada vez mais precoces. “Mesmo em crianças a partir dos seis anos já temos diagnóstico de pressão alta, que pode evoluir para diabetes, obesidade na adolescência, e isso vai causar alterações cardiovasculares”.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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