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SAÚDE

Gravidez Ectópica: como se desenvolve e quais os riscos para a saúde das mulheres

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Os termos “gravidez ectópica” ou mesmo “gestação ectópica” podem causar estranhamento para muita gente. Desconhecidos de uma boa parte da população – até mesmo mulheres -, esse tipo de gravidez ocorre quando o óvulo fecundado se desenvolve fora do útero, e se forma dentro de alguma das tubas uterinas, ovários, colo uterino ou cavidade abdominal. Segundo o Ministério da Saúde, no “Manual Técnico de Gestação de Alto Risco”, o tipo mais frequente é a tubária.

Vários fatores podem fazer desenvolver o problema, como histórico de gravidez ectópica prévia, cirurgia tubária prévia, infecções tubárias anteriores, contracepção com progesterona (pílula do dia seguinte) ou DIU. Algumas vezes, ocorrem em gestante sem nenhum fator de risco.

Como consequência, o embrião que se desenvolve fora do útero acaba trazendo sérios riscos à saúde da mulher, já que pode se romper e causar uma hemorragia. Os sintomas podem ser muito parecidos com o de uma gravidez normal, por isso, somente um exame clínico é capaz de detectar esta anomalia na gestação. A dor e o sangramento vaginal são os principais sintomas além de dor abdominal. “Como o feto não consegue se desenvolver na trompa, por que é uma cavidade restrita, ele causa danos à estrutura da trompa, podendo levar a mulher a ter hemorragia severa, que pode causar até a morte”, explica a ginecologista obstetra, Márcia Novais, da Clínica Soma, em Salvador.

Segundo a profissional, o tratamento pode ser tanto cirúrgico como medicamentoso. “No caso do cirúrgico, tem os parâmetros, e depende do tamanho que está o saco gestacional. Depende também do BetaHCG, e do estágio da gestação, ou seja, se não estiver avançada. A medicação se aplica através de uma injeção, com uma substância que se chama metotrexato, que é capaz de reabsorver esse óvulo, se ainda for pequeno, em gestação inicial”.

Apesar de ser necessária a cirurgia, em alguns casos, nem sempre compromete toda a trompa da gestante. No entanto, caso a gravidez esteja em estado avançado, é preciso fazer a retirada de uma das tubas. “Preservando a outra trompa, ainda existe a possibilidade de a mulher engravidar”, esclarece Márcia. A médica aconselha que, nesses casos onde já houve o histórico de gravidez ectópica, se faça uma exame para avaliar o estado do útero, e observar qual foi a causa do problema, para que possa ser evitado e não ocorra novamente. “A mulher pode ter outra gravidez normalmente, mas quem já passou por uma gestação ectópica, tem mais chances de desenvolver de novo”, completa a profissional.

ATENÇÃO REDOBRADA

Apesar de ainda ser algo desconhecido para boa parte da população, a gravidez ectópica é mais comum do que se imagina: gestações fora do útero acontecem com cerca de 1% das mulheres. Foi o caso de Paula Araújo, contadora, 31 anos, residente em Salvador. Ela desenvolveu essa gestação quando tinha 29 anos, e conta que teve sintomas como cólicas muito fortes, vômitos e desmaio, antes de descobrir o problema.

“Descobri no hospital. Fui levada para lá, por conta desses sintomas e foi tudo muito rápido”, diz a contadora. “Fiz uma série de exames depois, mas não foi detectada nenhuma das causas que comumente podem causar uma gravidez ectópica”. No caso de Paula, o tratamento foi cirúrgico. “Fiz uma laparoscopia para retirada de uma das trompas, pois uma delas tinha se rompido”, explica ela.

CONTRACEPTIVOS

Os métodos de contracepção usados por mulheres para não engravidarem traz benefícios, mas também, podem ter o efeito contrário. No caso da pílula do dia seguinte e do DIU, podem ocasionar no desenvolvimento de uma gravidez ectópica.

As infecções uterinas são mais propensas a acontecer em mulheres que usam o DIU, apesar de ser o método de contracepção com menor taxa de falha. Para mulheres que fazem uso dele, é necessário ter acompanhamento ginecológico para saber se o contraceptivo está posicionado corretamente.

No caso da pílula do dia seguinte, a gestação ectópica pode ocorrer se o óvulo já tiver sido fecundado. “Há o risco desse óvulo não migrar para dentro da cavidade uterina justamente porquê o movimento da trompa fica mais lento quando a mulher usa altas doses de progesterona, que é a substância da pílula. Isso aumenta o risco desse tipo de gravidez acontecer”, alerta a ginecologista Márcia Novais. Apesar dos riscos, a especialista afirma que as chances de isso acontecer são bem pequenas.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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