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SAÚDE

Fake News: o compartilhamento de notícias falsas pode prejudicar a sua saúde

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No texto que circula pela internet, entre redes sociais, e-mails e aplicativos de mensagens instantâneas, há mais de 10 anos, um médico paulista faz um alerta sobre medicamentos que usam a substância Fenilpropanolamina -princípio ativo que era presente geralmente em descongestionantes, antialérgicos e remédios para emagrecer -, que, segundo o alerta, pode causar efeitos colaterais, como hemorragia cerebral.

A mensagem lista 22 remédios e afirma que houve casos fatais de usuários que utilizaram fármacos com a substância nos Estados Unidos, porém, no Brasil, a Anvisa de maneira preventiva, suspendeu a venda dos medicamentos por oferecer risco de morte.

Embora a substância citada na mensagem seja uma ameaça para a saúde, o alerta já tão compartilhado pela internet é falso. Banida no país, desde os anos 2000, por meio da Resolução RDC nº 96/2000, de 8 de novembro do mesmo ano, que suspendeu a distribuição, a comercialização/venda e a dispensação dos fármacos que contenham em sua fórmula, isolada ou associada a Fenilpropanolamina:

Atualmente o princípio ativo não é encontrado em nenhum medicamento no Brasil. O alerta da Anvisa de fato existiu, os remédios listados, com exceção de alguns que foram acrescentados ao texto depois da publicação original, foram suspensos e retirados de circulação na época, no prazo de 30 dias.

Pela internet, é possível achar diversos conteúdos referentes a publicação e reportagens sobre o alerta, como exemplo do texto Enfim, uma corrente de e-mail que não é boato, publicado em 2001, no site InfoGuerra, criado pelo jornalista especialista em matéria de segurança, privacidade e cibercrimes, Giordani Rodrigues, assassinado em 2006.

Quase 18 anos depois, o boato criado com base em uma proibição real, continua assustando as pessoas por conta do conteúdo alarmante da publicação. O próprio médico que é atribuído como autor do texto já se pronunciou em relação ao boato desmentindo o conteúdo da mensagem. Em entrevista ao Jornal EXTRA, Maurici Tavares relatou que usaram seu nome e CRM para difundir mensagens falsas.

“Existe um documento público em cartório, na cidade de Santos, desde essa época refutando a autoria de tais mensagens. Em pleno seculo XXI é incrível como mensagens assim alcancem ainda notoriedades”, afirma.

PREOCUPAÇÃO

A disseminação de notícias falsas é uma realidade que precisa ser combatida por todos os setores da sociedade. As fakes news, principalmente as referentes à saúde pública, não possuem nenhum respaldo científico e podem ocasionar desespero na população.

Com o objetivo de desmascarar algumas destas notícias de caráter alarmistas e evitar a propagação de conteúdos falsos relacionadas à área da saúde, mais especificamente relativo a envenenamentos, o Centro de Informações Antiveneno da Bahia (Ciave-BA) têm monitorado e esclarecido alguns destes boatos.

Para muito além da Fenilpropanolamina, é possível se deparar com diversos informes perigosos sobre situações relacionados à saúde humana e bem estar. Uma das mais recentes historias espalhadas é do surgimento uma nova espécie de cobra muito venenosa nas praias da ilha de Itaparica (BA). Leia mais AQUI.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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