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SAÚDE

Estudo encontra até 1,4 milhão de fungos e bactérias em latinhas e garrafas de vendedores ambulantes

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Aquele momento de matar a sede em engarrafamentos ou em passeios a pé precisa de mais atenção dos consumidores. Pesquisadores de Campinas (SP) alertam para a contaminação de até 1,4 milhão de fungos e bactérias presentes em latinhas, garrafas de água e garrafinhas PET armazenadas em isopores de vendedores ambulantes.

Entre os micro-organismos encontrados, estão causadores de infecções gastrointestinais, pulmonares, vaginais, de urina e de boca, com sintomas que vão de diarreia, dores abdominais e vômito até febre. O risco é maior para pessoas com baixa imunidade, como crianças, idosos e quem está passando por algum tratamento de saúde.

O estudo feito pela Faculdade de Biomedicina na UniMetrocamp Wyden, com coleta de amostras em cidades da região de Campinas e na capital paulista, verificou até mesmo a água que gela as bebidas nos isopores.

Foram 15 amostras de água e 60% delas estavam contaminadas com coliformes totais, fecais e a bactéria Escherichia coli, vilã das infecções no intestino e de urina.

“Não esperava que as amostras de água estivessem tão contaminadas. Essa contaminação favorece a contaminação dos produtos. Esperava que a água estivesse livre, e que a gente pudesse encontrar apenas alguns micro-organismos nas embalagens, porque vêm de um transporte, ficam em depósito com muita sujeira”, explica a orientadora da pesquisa, a professora doutora Rosana Siqueira.

Entre garrafas e latinhas, 63 itens foram coletados e os bocais foram o objeto da análise. A contaminação mais importante estava presente justamente nas bebidas que estavam nos isopores contaminados.

Das 26 latinhas, 12 tinham fungos e bactérias proliferados em quantidades importantes, de 1 mil a 1,4 milhão de micro-organismos. Nas garrafinhas PET de refrigerante a contaminação atingiu a casa dos 15 mil. Já os bocais das garrafas de água alcançaram a marca de 28 mil contaminantes. E olha que as bebidas ficam normalmente em temperaturas baixas.

Bactérias e fungos encontrados
O idealizador do estudo foi o aluno de Biomedicina Cleber da Silva. Entre os contaminantes identificados nas amostras, estão as bactérias Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Citrobacter.

Os fungos presentes foram Candida albicans – aquela da candidíase – Candida krusei, Rhodotorula e Aspergillus niger.

Como reduzir riscos?
Rosana ensina que o ideal seria que os vendedores fizessem uma boa higienização das bebidas antes de colocar na água potável com gelo e sempre higienizarem as mãos com álcool em gel, por exemplo. Uma alternativa também é trocar a água do isopor, já que ela perde temperatura ao longo do dia.

“Muitos desses ambulantes chegam cedo no local e vão embora muitas vezes à tarde. Isso favorece o aquecimento dessa água, o desenvolvimento e aumento desses micro-organismos fazendo com que a contaminação seja mais evidenciada”, alerta.

Já os consumidores também podem, e devem, se resguardar usando canudos embalados individualmente e passando um guardanapo de papel no bocal das latas e garrafas.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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