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SAÚDE

Estudo da Ufba revela que vírus zika pode causar meningite viral

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Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) descobriram que o vírus zika pode levar o indivíduo também a uma meningite viral. A constatação foi feita após pesquisa com aproximadamente 240 pacientes do Instituto Couto Maia, em Cajazeira II, identificando que parte deles estava com meningite viral e zika.

O índice de pessoas com as duas patologias não foi divulgado por sigilo do estudo, mas a bioquímica e pesquisadora Gabriella Oliveira afirma que “dentro dos resultados se obteve um percentual significativo que é de extrema relevância do ponto de vista epidemiológico”.

A pesquisadora também comenta que o vírus zika pode levar o paciente a ter não só meningite viral como também outras doenças do sistema nervoso central, como a síndrome de Guillain-Barré, mielite e outras.

“Ao investigarmos os vírus no material coletado, identificamos, num percentual relativamente importante, a presença de zika vírus, o qual afeta o sistema nervoso central, causando essas doenças”, pontuou a pesquisadora.

Possibilidade

Para um dos orientadores da pesquisa, Gúbio Soares, a descoberta precisa despertar a atenção dos pacientes, uma vez que não se tinha o conhecimento claro de que o zika poderia levar a uma meningite viral. “Isso agora é uma alerta porque o indivíduo chegando com um diagnóstico de meningite viral, ele pode pedir um diagnóstico de arbovirose”.

O especialista também faz uma alerta para os médicos, que, ao identificarem as doenças em um paciente, possam adquirir um cuidado diferenciado.

“O médico vai acompanhar de uma maneira específica para analisar também os signos de alteração neurológica”, afirmou o pesquisador, acrescentando que o médico “pode controlar a situação para que as doenças não avancem”.

As consequências mais graves ainda estão sendo analisadas e estudadas, mas Gúbio Soares, que também é professor na Ufba, diz que o “alerta da pesquisa é mostrar que de agora em diante se tenha uma atenção redobrada com esses pacientes”.

Outra alerta feito pelos pesquisadores é para a necessidade de se ter uma atenção com os sintomas característicos de doenças do sistema nervoso central que podem ser decorrentes do vírus. “Convulsões, dores de cabeça e no corpo, rigidez na nuca e até mesmo paralisia são sintomas que já precisam deixar as pessoas atentas e procurar um centro especializado de saúde”, disse Gabriela.

Uma das principais recomendações dos pesquisadores é intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, que é agente transmissor do zika e prolifera em locais com água parada.

“Em um país em que se tem surtos de dengue, chikungunya e zika, essas doenças estão causando doenças neurológicas. Estão causando meningites virais”, disse Gúbio Soares.

Só no primeiro semestre deste ano foram mapeados, pelo Ministério da Saúde, quase 600 mil casos de dengue, 80 mil de chikungunya e sete mil de zika. A meningite viral foi mapeada com pouco mais de três mil casos.

Todo o relatório constando mais detalhes da pesquisa será divulgado em outubro, quando a dissertação de mestrado de Gabriella Oliveira será publicada sob a orientação de professores-pesquisadores da Ufba.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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