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SAÚDE

Dietas milagrosas se multiplicam mas não devem ser adotadas, alerta nutricionista do Cedeba

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Em menos de três meses, Josué Antônio Santos Silva, 56 anos, eliminou 11 dos 144 quilos que pesava ao chegar ao Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba). Residente em Ilhéus, na região Sul da Bahia, está mudando sua vida com o aprendizado no Núcleo de Obesidade do Centro. Mesmo desempregado, está conseguindo manter o equilíbrio na alimentação, e fazendo exercício físico com caminhada diária na praia. Ele contou sua experiência hoje para os pacientes na segunda sessão deste ano sobre obesidade, que teve como temas “Falando de Nutrição” e “Plano Alimentar”.

Com histórico familiar de obesidade – cinco dos 11 irmãos já passaram pela cirurgia bariátrica- Josué também sonha com a cirurgia, mas entende que precisa mudar o estilo de vida, agora, para ter sucesso e manter o peso após a redução do estômago. Está muito animado porque “o atendimento aqui é muito bom porque aprendemos o que fazer para emagrecer, além de contarmos com excelentes profissionais que muito nos ajudam a ter consciência sobre a obesidade”.

CONSCIENTIZAÇÂO
Além do atendimento individual, as palestras do Núcleo de Obesidade, garantem espaço para a discussão e troca de experiência. Muitos pacientes, principalmente os que já estão no Centro há mais tempo, respondem com segurança. Quando a nutricionista Luciane Barros, que apresentou o Plano Alimentar, perguntou se eles podiam comer pão no café da manha, todos responderam afirmativamente. Em seguida, a nova pergunta: E vocês podem comer cinco pães? Todos responderam com um forte não.

Antes, a nutricionista Lorenna Fracalosssi, que trouxe o tema “Falando de Nutrição”, apresentando os grupos de nutrientes, a importância de cada um e a necessidade de uma alimentação equilibrada alertou para o risco das dietas milagrosas, como a do ovo (está na moda) e citou a experiência trazida por um paciente que estava comendo 12 ovos por dia.

No Cedeba, os pacientes aprendem que a saída é a reeducação alimentar. Não se fala em dieta. Por isso, segundo Lorena, é muito importante não se deixar influenciar pelas dietas milagrosas, que se multiplicam atualmente com a Internet. “Nem do ovo, nem da sopa, nem da lua”, observa.

Ao explicar os diferentes grupos de nutrientes, Lorenna Fracalossi destacou que nosso organismo necessita de todos, mas é preciso o equilíbrio. O prato ideal – explicou -deve ter 55% de vegetais, 25% de proteínas e 20% de carboidratos.

Mas a questão não se limita aos percentuais, porque é preciso preparar os alimentos de forma saudável, variar a apresentação e os itens de cada refeição, orientou a nutricionista, citando o azeite de oliva, uma gordura boa, mas que jamais deve ser usado para fritar alimentos. Tem que ser consumido em temperatura natural.

Quantos aos vegetais, mostrou que muitas pessoas dizem não gostar de salada porque se limitam a fazer a tradicional TCA (tomate, cebola e alface). Usando a imaginação e os vegetais e frutas da estação, dá para fazer muitas combinações coloridas, saudáveis e de sabor quer agrada.

Deu como exemplos de salada simples acelga com manga; agrião, alface e tangerina; alface, tomate, cebola e uva passa; alface, repolho, manga e abacaxi; alface, agrião, cenoura ralada e granola. O caminho é usar a imaginação. Citou o abacate (gordura boa) que está na safra e com preços acessíveis e também pode ser usado na salada.

Lonenna explicou que no grupo dos cereais estão as massas, fontes de carboidratos, muito importantes por garantirem a energia para o corpo funcionar, correr, andar, pular.Já o grupo das frutas e hortaliças – explicou – reúne alimentos muitos importantes por serem ricos em vitaminas e sais minerais, essenciais para o organismo. Os amarelos, ricos em betacaroteno: os vermelhos, como o tomate, contem o licopeno e os roxos, os flavonóides (berinjela, repolho roxo, uva) necessários à saúde dos vasos sanguíneos.

Muito importante, segundo a nutricionista é variar. E quanto mais colorido o prato, mais saudável. A combinação de todos os nutrientes é o caminho para alimentação saudável. No grupo dos açúcares (carboidratos simples) estão alimentos que devem ser usados com moderação. No caso dos diabéticos, a escolha deve ser o adoçante, porque o açúcar não deve fazer parte do cardápio..

Quanto às gorduras (margarina, manteiga, óleos vegetais, castanha) o consumo também deve ser moderado, segundo a nutricionista nos casos de obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol elevado e diabetes.

Um exemplo de gordura boa é a sardinha, rica em Omega 3, mas a forma de preparo é preciso ser observada, como orientou Lorenna Fracalossi.Nada fritar a sardinha, mas preparar na panela de pressão.As proteínas que como explicou didaticamente a anutricionista,equivalem aos tijolos de uma construção. Neste grupo estão as carnes, leites e derivados e leguminosas, como o feijão, por exemplo.

PLANO FAZ A DIFERENÇA
Os conhecimentos sobre Nutrição ajudam o entendimento do Plano Alimentar que é individual porque leva em conta as necessidades de cada peso. Relação peso x altura, mas considera também a idade, o tipo de atividade, jornada de trabalho, como explicou a Luciane Barros.

Ela destacou que o plano também permite ao paciente fazer escolhas dento de cada grupo de alimentos, mas o sucesso depende da vontade de mudar porque o profissional orienta, mas é preciso querer mudar estilo de vida. E os pacientes reconhecem que não é fácil .

Uma paciente resumiu as dificuldades que o obeso enfrenta, principalmente a discriminação da sociedade. “O obeso carrega o olhar da tristeza, principalmente quando não consegue se encontrar. Reduz o peso, aumenta, reduz de novo. Aqui no Cedeba encontrei a minha dignidade”, resumiu.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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