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SAÚDE

Cuidados com o colesterol alto devem começar na infância, alertam especialistas

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Na infância, a principal causa de colesterol alto se deve a uma alimentação rica em gorduras, ao excesso de peso e ao sedentarismo. Entretanto, algumas crianças e adolescentes terão colesterol alto mesmo seguindo uma dieta saudável.

Para os especialistas, considerando ser primordial para o funcionamento do corpo humano, é importante ter os níveis do colesterol sob controle. “Quando os níveis do colesterol estão altos no sangue, e sob determinadas condições (tais como diabetes, hipertensão, fumo e obesidade), o seu excesso pode ser perigoso e causar depósitos nas paredes das artérias, o que leva à aterosclerose. Esse processo pode começar desde a infância. Quando não controlado, pode levar a temíveis complicações, como o infarto do miocárdio e o AVC”, explica o presidente do DC de Endocrinologia da SBP, Crésio Dantas Alves.

Cerca de 70% do colesterol no sangue vem do fígado e apenas 30% vêm da alimentação. Depois de passar pela circulação, o colesterol precisa ser removido novamente pelo fígado para formar bile. Os níveis de colesterol no sangue dependem, portanto, principalmente da capacidade do fígado em removê-lo. Isso varia de pessoa para pessoa.

Atualmente, consensos nacionais e internacionais sugerem que a primeira dosagem de colesterol na infância seja feita, em toda a criança, entre nove e 11 anos. Crianças obesas, com idade entre dois e oito anos, com diagnóstico de diabetes ou que tenham histórico de doença cardíaca ou colesterol alto, devem ter os níveis de colesterol dosados.

O presidente do DC explica que “se o LDL-colesterol da criança, ou seja, a fração ruim do colesterol no sangue, estiver acima de 130mg/dl, os pais deverão procurar um pediatra ou endocrinologista para que possam avaliar seu filho”.

Crésio ressalta ainda que a infância e a adolescência são fases importantes na prevenção de doenças do coração e que os hábitos de vida formados nesta fase são fundamentais para a qualidade de vida do adulto.

Fatores de risco – Ser sedentário e ter uma alimentação pouco saudável não são os únicos fatores que aumentam os riscos do colesterol alto na infância. Eles também incluem histórico familiar e outras condições de saúde, tais como diabetes, doença renal, artrite idiopática juvenil, obesidade e pressão alta.

O especialista diz que é importante a pessoa saber se tem colesterol alto por histórico familiar ou alimentação inadequada. “O colesterol familiar é o vilão maior, porque começa na infância e pode causar infarto precoce nas pessoas. É a chamada hipercolesterolemia familiar ou HF. Nestes casos, fazer dieta não é suficiente e devem ser utilizadas medicações seguras para controlar o colesterol e prevenir doença do coração no futuro”, observa.

Ele destaca também que o estilo de vida é muito importante na redução do risco de infarto e AVC. Assim, evitar o sedentarismo, comer alimentos com gordura saturada e fumar são medidas importantes a serem seguidas.

“Crianças devem evitar o consumo de biscoitos recheados, bolo, chocolate, sorvete, hambúrguer, batata frita, refrigerante, frituras e alimentos ultraprocessados em geral, além de evitar o uso de telas (TV, videogame, celular) acima do tempo recomendado pela SBP e a Academia Americana de Pediatria (AAP). É preciso dar preferência ao consumo de verduras, legumes e frutas, peixe e frango, leite, queijo branco e brincadeiras ao ar livre, corridas e a prática de esportes”, orienta.

Em sua avaliação, a prevenção do colesterol alto deve ser para a vida toda e visa reduzir o risco cardiovascular. O controle pode ser feito por medidas de estilo de vida ou medicamentos. “O controle do colesterol pode ser feito com estatinas e reduzir o risco de mortalidade. A cada 40mg/dL de colesterol LDL reduzido, a mortalidade por infarto se reduz em 20%”, finaliza.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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