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SAÚDE

Contra sarampo, governo brasileiro pede a Opas doses extras da tríplice viral

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O surto de sarampo que o Brasil enfrenta mobilizou o governo brasileiro a solicitar ajuda da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) para a aquisição de vacinas. Durante a 21ª Jornada Nacional de Imunizações, em Fortaleza (CE), a especialista em imunizações do órgão, Lely Guzman, disse que já foram adquiridas doses extras vindas da farmacêutica Merck e do Serum Institute of India.

O Ministério da Saúde disse que, até o momento, foram adquiridas 28,7 milhões de doses da tríplice viral pela Opas, sendo 10 milhões de compra regular e 18,7 milhões de doses extras. A pasta aguarda resposta em relação à aquisição de mais 18,7 milhões de doses. Para isso, foram investidos cerca de R$ 325 milhões. Antes de serem entregues, as vacinas deverão passar pelos processos de nacionalização e verificação da qualidade, conforme preconizam as normativas das autoridades regulatórias.

O diretor do Fundo Rotatório da Opas (Organização Pan Americana de Saúde), John Fitzsimmons, defende a necessidade de colaboração internacional para atendimento da demanda, e anunciou um encontro na próxima semana para discutir a situação do sarampo.

A reunião será em Washington (EUA), entre entidades internacionais como a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a OMS (Organização Mundial de Saúde). Para Fitzsimmons será uma oportunidade para solucionar problemas.

“As necessidades do Brasil são grandes e urgentes, e os estoques estão comprometidos. Então, como reorganizamos isso para atender o Brasil em um curto prazo? É preciso melhorar o planejamento das demandas para que possamos antecipar essas necessidades. Se continuarmos com coordenação e colaboração de alto nível, vamos minimizar o risco de uma possível falta de vacinas”, afirma Fitzsimmons. Guzman não acredita no risco de falta de vacina, mas a demanda deve aumentar devido aos surtos ocorridos em países de outros continentes.

PERDA DE CERTIFICAÇÃO

A Venezuela foi o primeiro país da América a voltar a ter um surto de sarampo, em 2017. No mês de julho do ano seguinte, quando completou um ano de transmissão, perdeu o certificado de erradicação do sarampo. Um país perde a certificação quando mantém a cadeia de transmissão com o mesmo genótipo do vírus no período de 12 meses após o início de um surto. Foi o que também aconteceu com o Brasil.

Em fevereiro de 2018, a doença avançou pela região Norte do país com a imigração de venezuelanos. Como manteve a cadeia de transmissão por 12 meses, o Brasil perdeu a certificação. No surto atual, o vírus veio de países da Europa e Ásia. No caso dos Estados Unidos, o surto da doença, que se iniciou em Nova York, completará um ano em 30 de setembro –data em que poderá ser anunciada a perda do certificado. Até a metade do ano o país havia confirmado 1.077 casos da doença.

No Brasil, quatro pessoas morreram em decorrência do sarampo –três de São Paulo e uma de Pernambuco. Os casos confirmados somam 2.753. Destes, 2.708 (98%) ocorreram em São Paulo. “O Brasil está fazendo muitas ações para dar resposta a esse surto. O país é muito importante, porque tudo o que faz impacta os outros países de fronteira. Também precisamos que a população se vacine. É a baixa cobertura que permite a circulação do vírus. E o vírus se alastra rapidamente de um lado para outro”, afirma Guzman. O Brasil ainda é um líder na erradicação de doenças por vacinas. É um exemplo mundial”, diz Fitzsimmons. A repórter viajou à Fortaleza a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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