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SAÚDE

Câncer de mama: Medicina se equilibra na linha tênue entre a cura e a autoestima da mulher

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O câncer de mama envolve uma série de questões delicadas, desde o diagnóstico até o tratamento. A relação entre o bem estar da paciente, através da autoestima, e a realização de cirurgia mutilante para a retirada de tumores é discussão frequentemente levantada na comunidade médica. “A gente tem que estar com uma mão na questão oncológica, ou seja, tirar o tumor com margem livre de doença, e do outro lado dar a melhor possibilidade de autoestima possível para a paciente”, ponderou o coordenador da mastologia do Hospital da Mulher, em Salvador, André Dias.

O médico explica que há casos em que existe a possibilidade de cirurgias menores, e a própria tecnologia tem permitido que isso aconteça. Nos casos em que se faz necessária a cirurgia mutilante, como a mastectomia, a lei garante às pacientes a reconstrução mamária. O procedimento só não é realizado quando existir contraindicação. “Essas duas linhas, cirurgia menos mutilante e quando mutilante reconstrução imediata, visam dar uma coisa que é extremamente importante para a paciente que é a satisfação, autoestima preservada, isso é indiscutível, no entanto não se pode negligenciar a doença oncológica em detrimento disto”, alertou o mastologista.

Durante todo o mês de outubro ficam em evidência vários aspectos relacionados à doença, principalmente a prevenção e diagnóstico precoce. Dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) nesta semana apontaram que o Brasil apresenta baixos índices de mortalidade em decorrência do câncer de mama em relação a outros países. O país tem uma taxa de 13 casos a cada 100 mil mulheres, índice próximo a países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá e Austrália, e superior à França e Reino Unido. Este fato foi comemorado por André Dias, que atribui o resultado a eficiência dos programas de rastreio.

“O sucesso de hoje, dessa redução de mortalidade, a gente crê que seja o efeito do sucesso do rastreamento, mas se a paciente de hoje deixar de fazer mamografia, no futuro nós podemos voltar a crescer os índices de mortalidade”, alertou o médico, que ainda relacionou os índices de realização de exames preventivos ao grau de instrução da população. “Dados mostraram que mais de 80% das pacientes que tem nível superior completo realizaram mamografia no Brasil, ao passo que apenas 50% das pacientes sem instrução ou com nível fundamental incompleto tinham realizado mamografia nos últimos dois anos”, embasou André Dias.

Ainda em relação a redução da mortalidade, o especialista listou três pilares que, segundo ele, fazem toda a diferença: prevenção primária, diagnóstico precoce e tratamento oportuno. O primeiro diz respeito ao estilo de vida adotado pelas pessoas, que inclui dieta equilibrada, prática de exercícios físicos, redução do consumo de gorduras, evitar fumar e beber. O diagnóstico precoce se dá através de exames de rastreamento, principalmente a mamografia. O terceiro, como o próprio nome já diz, diz respeito ao acesso aos tratamentos e acompanhamentos adequados.

Apesar dos dados positivos quanto a mortalidade do câncer de mama no Brasil apontados pela pesquisa do Inca, os dados de incidência da doença no país tem crescido. A taxa é de 62,9 casos para cada 100 mil mulheres. Por isso, André Dias reforça a necessidade e importância de campanhas, de exames, e de conscientização da sociedade. “Já é comprovado que quando detectado precocemente o câncer tem chance de até 95% de cura, e a mamografia é imprescindível nesse aspecto: a mamografia é o único método totalmente confiável e eficiente”, assegurou o especialista.

Na Bahia, o Hospital da Mulher é o centro para diagnóstico de alta resolução e tratamento de doenças localizado em Salvador. Ele é considerado o maior hospital especializado no atendimento à saúde da mulher do Norte-Nordeste e o segundo do Brasil. A unidade hospitalar recebe pacientes dos 416 municípios por meio de regulação, e conta com 136 leitos, sendo: 22 leitos no hospital dia, 10 leitos na clínica médica (geral e oncológica), 85 clinicas cirúrgicas e 10 UTI’s.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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