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Bahia registra maior número de casos de covid em 24h desde agosto de 2021

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A Bahia alcançou o maior número dos últimos cinco meses de casos de covid registrados em 24 horas. A marca aconteceu neste sábado (8), quando o boletim da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) registrou 1.543 casos da doença. É o maior número desde o dia 8 de agosto do ano passado. O registro de mortes também vem aumentando. No último dia 7, a Bahia teve 20 óbitos, número que não era alcançado desde setembro.

A única ressalva em relação ao registro de casos diários vai para o dia 26 de dezembro de 2021, quando o boletim divulgou 4.065 casos por conta dos registros represados do dia 11 ao dia 25, que não tiveram boletim. O vácuo se justifica pela instabilidade do sistema do Ministério da Saúde, causada pelo ataque hacker no dia 10 de dezembro.

A explosão de casos acontece, principalmente, em 2022. No primeiro dia do ano, foram 171 novos casos registrados. Em relação aos 1.543 casos do sábado (8), o aumento é de 802,3%. Segundo especialistas, é o reflexo das festas de Natal e Ano Novo, que ainda pode se estender até o final de janeiro.

Felipe Ferreira, de 24 anos, foi um dos que se contaminaram durante o Réveillon. Ele viajou com amigos para Morro de São Paulo. “Comecei a sentir febre entre os dias 2 e 3 de janeiro. Das pessoas que estavam na casa comigo, metade pegou covid, mas todos estão bem e tiveram sintomas leves”, diz Felipe.

O aumento do número de casos, até o momento, não pressiona na mesma proporção o sistema de saúde porque a maioria dos infectados está como Felipe e seus amigos, com sintomas leves. Mas aumentos de internações e óbitos já foram registrados e autoridades estão alertas.

O número de pacientes internados em UTI na Bahia vem crescendo desde o dia 8 de dezembro, quando o número estava em cerca de 200 pessoas internadas. Neste domingo (9), o boletim informou 328 pessoas. A taxa de ocupação de leitos covid está em 51% no estado, sendo 43% para enfermaria e 70% para pediátrica; e 58% para UTI adulto e 83% para pediátrica. Em Salvador, a ocupação está em 73%. São 71% para enfermaria adulto, 87% para enfermaria pediátrica, 68% para UTI adulto e 95% para UTI pediátrica.

A Bahia já soma, conforme boletim divulgado neste domingo (9), 1.277.608 casos confirmados desde o início da pandemia e 27.592 mortes. São 4.461 casos ativos. Os municípios com mais casos confirmados são: Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna e Camaçari.

Na sexta-feira (07), o secretário de saúde de Salvador, Leo Prates, alertou que o quadro atual da pandemia na cidade é de “descontrole epidemiológico”, com o avanço acelerado de uma nova onda nos primeiros dias de 2022. O fator RT, usado para medir a taxa de transmissão do vírus, estava em 1,2, recorde de toda a pandemia na capital. Quando o número é igual ou maior que 1, é motivo de preocupação porque significa que cada infectado está passando a doença para uma ou mais pessoas. “É a primeira vez depois de muito tempo que ele passa de 1 em Salvador. Isso significa que a doença está em aceleração”, afirmou Leo Prates.

Apesar de, até o momento, a Bahia registrar aumento de casos, mas, em sua maioria, relacionados à sintomas leves, a infectologista e pesquisadora da Fiocruz Fernanda Grassi ressalta: “A cobertura vacinal da gripe não foi adequada no nosso país e a cobertura vacinal da covid ainda não atingiu os níveis necessários para barrar a infecção, ainda mais agora com o surgimento da ômicron. Vários estudos têm mostrado que apenas duas doses de vacina não protegem completamente contra essa variante”, acrescenta.

Grassi ressalta que o surto simultâneo de covid e de gripe é motivo de mais preocupação. “Isso porque tanto um quanto outro podem causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que é uma situação que requer cuidados médicos intensivos, às vezes oxigenação e até mesmo a intubação. Ou seja, pode haver sobrecarga do sistema de saúde”.

O imunologista Celso Sant’anna diz ainda que outro motivo de preocupação é a possível subnotificação de casos. “Não estamos testando de maneira adequada, nem para gripe, nem para covid. Com certeza temos muito mais casos da variante ômicron e da influenza do que o registrado. São dois vírus extremamente transmissíveis. Hoje é muito difícil encontrar uma pessoa que não esteja com ou que não teve recentemente sintomas gripais. Com certeza também há subnotificação de casos de diagnóstico múltiplo, que é o caso do que estão chamando de flurona. Estamos no escuro, pisando em areia movediça”, complementa Sant’anna.

O imunologista, por outro lado, destaca as vantagens que existem agora contra a covid. “O bom é que já conseguimos avançar na vacinação contra a covid e já descobrimos que a variante ômicron é mais transmissível, mas menos letal. Estamos vendo diversas pessoas se contaminarem, mas com sintomas leves ou assintomáticas. Pode ser que a gente venha ver aqui o número de internações aumentar, mas isso porque o número de infectados está crescendo muito. Então aquele percentual baixo de internação vai acabar englobando um número mais alto de pessoas. Poderemos ter uma pressão no sistema de saúde, mas não da forma dramática que vimos com a covid”, coloca.

Artistas infectados e shows cancelados

A alta de casos de covid-19 na Bahia está provocando uma série de cancelamentos de eventos, seja por medida de precaução ou porque artistas estão sendo diagnosticados com a doença. Neste final de semana, ao menos sete shows foram cancelados ou adiados.

O Ensaio da Timbalada, que aconteceria neste domingo (9) no Candyall Ghetto Square, foi transferido para o dia 23 porque o cantor Denny Denan testou positivo. A assessoria da banda informou que o cantor está em isolamento e com sintomas leves.

As apresentações do projeto “Verão da Osba”, que seriam realizadas neste sábado (08), no Forte de Santo Antônio Além do Carmo, e domingo (09), no Teatro Castro Alves, foram canceladas após músicos e membros da equipe da Orquestra Sinfônica da Bahia apresentarem sintomas de gripe. “Além disso, também foi levado em conta o aumento de casos relatados nos últimos dias de gripe e covid-19 em Salvador, na Bahia e em todo Brasil”, diz o comunicado divulgado nas redes sociais do TCA.

A dupla Anavitoria suspendeu o show que faria neste sábado (8) em Salvador, no Centro de Convenções. O comunicado foi transmitido ao público durante o evento, após duas horas de atraso, gerando vaias. As artistas explicaram que o resultado dos exames foi divulgado muito próximo ao horário do show e indicou que membros da equipe estão com covid. Ana e Vitória estão em isolamento em Salvador até se certificarem se estão ou não infectadas. Ainda não há data para um novo show.

O evento “Pranchão” que aconteceria no sábado (8) com Durval Lelys e Saulo também foi adiado.

A Pérola Entretenimento, empresa responsável pelas carreiras dos artistas, informou que Durval e parte da equipe dos cantores testaram positivo para covid-19. O evento será marcado para uma data ainda a ser definida.

O Baile Pierrot, que aconteceria neste sábado (8), na nova área de eventos da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo, foi adiado após o aumento de casos de covid-19 e Influenza, em Salvador. O evento foi marcado para 20 de fevereiro, com as mesmas atrações: Bailinho de Quinta, Gerônimo e Fanfarra Pierrot.

No Pipa Sun Sessions, o cantor Tuca Fernandes foi substituído por Dan Valente após ser diagnosticado com covid. A edição aconteceu neste domingo (9), no Pipa Beach Club, na Praia do Flamengo.

O Pier Sound, que aconteceria no sábado (8) com as bandas Sorriso Maroto e Pagodart, foi cancelado. O comunicado não informou o motivo do cancelamento.

Por conta do aumento no número de casos de covid-19 e de gripe em Salvador, a Festa Magia, que aconteceria no próximo dia 15 de janeiro, na Arena Fonte Nova, com shows de Luiz Caldas e Zeca Baleiro, foi adiada. Em comunicado, a organização do evento informou que nova data deve ser anunciada ainda esse mês.

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‘Não há necessidade de falar em desabastecimento’, diz Sindicombustiveis

Unidades da Refinaria de Mataripe estão paradas ou apresentando problemas operacionais provocados pelas fortes chuvas.

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Crédito: Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO

O Sindicombustíveis Bahia afirmou nesta quarta-feira (24) que não identificou falta ou restrição nos fornecimentos de gasolina e diesel no estado e afastou os alertas para falta de combustível. Em nota, o Sindicato informou que entrou em contato com os postos e com as distribuidoras que atuam no mercado baiano e, com base nisso, “não há necessidade de falar em desabastecimento”.

A declaração foi feita após denúncia de um possível desabastecimento de combustíveis na Bahia, feita pelo Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-Ba).

O Sindicombustíveis ainda ressaltou que o abastecimento de combustíveis não acontece única e exclusivamente através das refinarias e petroquímicas, e que, numa eventual necessidade, existe a possibilidade de importação desses produtos.

O mercado de combustíveis do Brasil é de responsabilidade da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e, entre as suas atribuições, está a regulação dos estoques de combustíveis em diversas regiões do país, com total controle para eventual contingenciamento de estoque.

Bahia corre risco de ficar sem gasolina e gás de cozinha, diz sindicato

O Sindicato dos petroleiros e petroleiras da Bahia (Sindipetro-Ba) informou que algumas unidades da Refinaria de Mataripe, administrada pela empresa Acelen, estão paradas ou apresentando problemas operacionais provocados pelas fortes chuvas que caem no estado. Em função disso, a refinaria não está operando com plena capacidade e já apresenta baixo estoque de gasolina e gás de cozinha (GLP).

“Esse estoque está bem abaixo do nível mínimo de segurança. Hoje, todo o gás e gasolina produzidos estão sendo direcionados para atender o mercado interno, de modo que a Acelen não está distribuindo para outros estados”, disse o diretor de comunicação do Sindipetro-Ba, Radiovaldo Costa.

Conteúdo Correio

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Febre Oropouche: sobe para 157 número de casos na Bahia

O primeiro caso da doença em Salvador foi confirmado no dia 10 de abril.

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Crédito: Conselho Federal de Farmácia/Reprodução

Subiu para 157 o número de casos confirmados da Febre do Oropouche na Bahia. Nesta terça-feira, 23 de abril, foi confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) que a doença foi mapeada em 23 cidades da Bahia.

O primeiro caso da doença em Salvador foi confirmado no dia 10 de abril.

Confira cidades com casos confirmados da doença

  • Amargosa (3)
  • Camamu (1)
  • Gandu (12)
  • Ibirapitanga (4)
  • Ituberá (1)
  • Jaguaripe (3)
  • Laje (18)
  • Maragogipe (1)
  • Mutuípe (19)
  • Piraí do Norte (1)
  • Presidente Tancredo Neves (9)
  • Salvador (4)
  • Santo Antônio de Jesus (6)
  • Taperoá (15)
  • Teolândia (36)
  • Valença (10)
  • Igrapiúna (5)
  • Feira de Santana (1)
  • Camacan (1)
  • Wenceslau Guimarães (3)
  • Jiquiriça(1)
  • São Miguel das Matas (2)
  • Itabuna (1)

A Secretaria de Saúde (Sesab) não divulgou detalhes sobre o estado de saúde dos pacientes.

👉 A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas.

👉 Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue e a chikungunya.

👉Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, sendo o tratamento focado no alívio dos sintomas.

Com o aumento no número de casos, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de investigação epidemiológica nas regiões em que houve registros da doença.

Técnicos da Vigilância Epidemiológica estão fazendo a captura do mosquito transmissor para identificar se estão infectados. O objetivo é compreender melhor o cenário da doença na Bahia.

Por meio de nota, a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, disse que o poder público está em alerta desde o primeiro caso confirmado.

“Toda vez que falamos em agravo de interesse a saúde pública, um caso já é um sinal de alerta para a vigilância epidemiológica, mesmo que não haja um cenário de ameaça iminente”, afirma.

Ainda de acordo com Márcia São Pedro, é importante que as pessoas usem roupas compridas e façam uso de repelentes. “Ressaltamos também que não se deve deixar lixo e folhas acumulados, pois a existência destes materiais facilita a reprodução do vetor”, afirma.

Ela ainda destaca que ao aparecer sintomas, deve-se buscar uma unidade de saúde. Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, é feito o manejo clínico focado no alívio dos sintomas.

Conteúdo G1

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Sesab confirma 47 mortes por dengue em 2024 na Bahia

Coaraci, Caculé, Ipiaú e Luís Eduardo Magalhães foram os últimos municípios a registrar óbitos.

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Crédito: Mateus Pereira/GOVBA

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) confirmou 47 óbitos por dengue em 2024. As quatro novas mortes foram confirmadas no último sábado (20) no municípios de Coaraci (1), Caculé (1), Ipiaú (1) e em Luís Eduardo Magalhães (1).

A Bahia possui uma taxa de letalidade de 2,9%, menor do que a média nacional para a dengue. Ao todo, foram confirmados 47 óbitos em decorrência da doença nos municípios de Vitória da Conquista (10), Jacaraci (4), Juazeiro (4), Feira de Santana (3), Piripá (3), Barra do Choça (2), Caetité (2), Coaraci (2), Santo Antônio de Jesus (2), Bom Jesus da Lapa (1), Caculé (1), Caetanos (1), Campo Formoso (1), Carinhanha (1), Encruzilhada (1), Guanambi (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Ipiaú (1), Luís Eduardo Magalhães (1), Palmas de Monte Alto (1), Santo Estevão (1), Seabra (1) e Várzea Nova (1).

Em 2024, foram notificados 153.404 casos prováveis de dengue no estado. No mesmo período de 2023, foram notificados 19.106 casos prováveis, o que representa um incremento de 702,9%. Vitória da Conquista segue liderando o número de casos, com 24.111, seguida por Salvador, com 6.796, e Feira de Santana, com 6.239 casos prováveis da doença.

Atualmente, 256 municípios se encontram em epidemia de dengue. Outros 69 estão em risco e 43 estão em alerta.

Vacinação

Em todo o estado, cerca de 16.325 doses de vacina contra a dengue estão com validade até o dia 30 de abril, e ainda não foram aplicadas. O público-alvo prioritário contempla a faixa etária de 6 a 16 anos, sendo liberada a aplicação em pessoas de 4 a 59 anos, caso não haja adesão do público-alvo.

Até o momento, o estado recebeu 170.469 doses de vacina contra a dengue, sendo que 120.022 deste total tem vencimento no dia 30 de abril. Ao todo, considerando todos os lotes, 122.680 já foram administradas.

Conteúdo G1

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