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SAÚDE

Ansiedade em excesso é uma doença; saiba sintomas e como tratar

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Você sofre por antecipação? Acorda cansado? Sente um friozinho na barriga na véspera de eventos importantes? Tem dores de cabeça ou musculares? Se respondeu sim a alguma dessas questões é possível que sofra da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Considerada pelos especialistas como o novo mal do século – suplantando a depressão – a ansiedade contínua acomete crianças e adultos. No Brasil, mais de 2 milhões de pessoas sofrem do distúrbio de saúde mental por ano.

Preocupar-se com o futuro não é uma coisa ruim – afinal, isso faz parte do nosso sistema de defesa. Fato é que todo mundo é ansioso em maior em menor ou maior grau. O problema é quando os sintomas aparecem sem motivo aparente e são constantes.

O diagnóstico só pode ser feito por um especialista – clínico geral, psicólogo ou psiquiatra – mas saiba que medo, inquietação, taquicardia, falta de ar e aumento da pressão são alguns sinais de ansiedade patológica. “É quando o cérebro faz contato com uma imagem, não distingue se é real ou imaginação e começa a reagir à situação”, completa Ana Lúcia. Segundo ela, isso piora no caso dos jovens, pois além das pressões do mundo contemporâneo, boa parte está sentada na frente de algum aparelho eletrônico, enquanto o organismo está se preparando para lutar contra o perigo.

Além disso, o mundo globalizado e a sociedade moderna – consumista, rápida e estressante – alteram o ritmo das vidas gerando consequências sérias para a saúde emocional. “É difícil encontrar alguém que tenha saúde psíquica plena. Entre as causas da SPA estão o excesso de informação e de atividades, preocupação, cobrança, uso de celulares e de computadores. Adoecemos coletivamente”, garante o psiquiatra Augusto Cury, autor dos best-sellers Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século e Ansiedade 2 – Autocontrole – Como Controlar o Estresse e Manter o Equilíbrio.

Para o médico, pensar demais é uma bomba contra a saúde psíquica: “Grande parte das pessoas de quase todas as idades é acometida em diferentes níveis por ela. Desacelerar nossos pensamentos e aprender a gerir nossa mente são tarefas fundamentais”. Entre os sintomas da síndrome, ele cita a mente agitada, insatisfação, cansaço físico, sofrimento por antecipação, flutuação emocional, impaciência e tédio. Também podem ser sinais a dificuldade de suportar frustrações, dores de cabeça e musculares e déficits de concentração, memória e insônia. Sintomas psicossomáticos, como queda de cabelo, taquicardia, aumento da pressão arterial, também se manifestam. “Ficamos angustiados por circunstâncias que ainda não aconteceram, mas que já estão desenhados em nossa mente. Seu Eu sabota sua tranquilidade”, resume Cury em seu primeiro livro.

Sintomas
O médico divide os portadores da SPA em seis níveis, variando de acordo com os sintomas e sequelas. Se a ansiedade for alta, as consequências podem ser grandes:

Foi quando apresentou alguns desses sinais que o escritor baiano Matheus Rocha, 26 anos, percebeu que a ansiedade o prejudicava. “Tinha insônia, estava muito triste e sentia palpitações no coração. Não queria fazer nada e procurava justificativas para a vida e não encontrava. Isso tudo casou com o término de um relacionamento”, conta ele, que lançou no mês passado o livro Pressa de Ser Feliz. A obra reúne mais de 50 crônicas e ilustrações com frases inspiradoras que ajudam ansiosos a enfrentar os obstáculos que o nervosismo impõe.

“Achei que conseguiria lidar com tudo sozinho, mas não. Depois de conversar comigo mesmo, decidi que precisava da ajuda de um profissional. Foi assim que procurei a terapia e comecei a fazer tratamento”, lembra. Até hoje, as sessões são suas maiores aliadas: “Menosprezam nosso nervosismo, dizem que é normal e que vai passar. É difícil procurar ajuda porque não estamos preparados pra ouvir o que a gente precisa. Tratar ansiedade é um processo de autoconhecimento”.

Como no caso de Matheus, o tratamento para a maioria das pessoas inclui terapia e, em casos específicos, medicamentos receitados por médicos, incluindo antidepressivos. Para além disso, existem cuidados que ajudam a amenizar a ansiedade: evitar o consumo de álcool e de cafeína; manter uma alimentação saudável; praticar exercícios físicos ou atividades que reduzem o estresse, como ioga e exercícios aeróbicos; e fazer técnicas de relaxamento, como respiração profunda e meditação.

Apesar de ainda não ter procurado por especialistas, há pelo menos cinco anos, a produtora cultural Carla Galrão, 26, percebeu que o nervosismo a impedia de fazer muitas coisas. “Sempre fui ansiosa e achava que era normal, que todo mundo tinha isso. Sentia vontade de vomitar toda vez que alguém falava que queria falar algo comigo, meu coração batia rápido… Foi quando uma pessoa me disse que precisava me contar algo e fiquei muito nervosa. Liguei 27 vezes para ela e vi que isso não me fazia bem”, lembra.

Suas crises de ansiedade – que surgem geralmente quando ela tem que tomar alguma decisão ou quando espera respostas decisivas – já chegaram a durar uma semana e evoluir a ponto de serem similares a ataques de pânico. Leia mais AQUI.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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