GERAL
África avança mais que o Brasil no combate à miséria e fome, diz porta-voz da ONU
No quesito mudanças estruturais na tributação e governança de programas sociais para combater a miséria e a fome, países africanos têm avançado mais que o Brasil. É o que aponta o representante brasileiro do United Nations World Food Programme (programa mundial de alimentos da ONU), Daniel Balaban.
Em sua análise, o país brasileiro precisa adotar tributação mais progressiva e desonerar o consumo para avançar nessa questão. No Brasil, apenas cerca de 15% da população paga Imposto de Renda e os mais pobres são onerados pela cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que incide sobre o consumo.
“Em todos os países que trabalhamos, batemos nesse mesmo ponto. Temos visto mudanças radicais, inclusive em nações pobres da África. Mas, no Brasil, isso é tabu. Todo país desenvolvido tem alguma política para desconcentrar renda, fazendo com que pessoas que estão na pobreza não caiam na miséria extrema e na fome. Isso pode ser feito por meio do aumento de salário mínimo, política que foi interrompida no Brasil, e por financiamentos aos pequenos produtores”, disse à Folha de S.Paulo.
Sobre o fato de mais da metade do Brasil sofrer algum tipo de insegurança alimentar, ele opinou: “Países que saíram dessa mesma situação no passado, como os nórdicos e a Coréia [do Sul], mostram que o crescimento econômico está atrelado a uma base de sustentação da própria população. Ao deixar que uma proporção muito grande da população caia abaixo da linha da miséria, estamos achatando o PIB, porque essas pessoas não contribuem”.
E acrescentou: “É um ciclo vicioso que já estamos vendo no Brasil, com um quadro de estagflação [inflação elevada sem crescimento econômico]. O Brasil é um exemplo perfeito de erros de política e seus resultados, que redundaram no aumento da fome. O Brasil não é como alguns dos países com os quais trabalhamos, realmente pobres, como na África, na Ásia e mesmo na América Latina. Nesses países, não há alimentos e eles têm infraestrutura realmente precária, o que é totalmente diferente do Brasil, que está entre os maiores produtores de alimentos do mundo. A fome está relacionada à economia e à desigualdade, e o Brasil figura entre os países mais desiguais do mundo. Para trabalhar isso, é preciso mudar a estrutura econômica e tributária. Não adianta darmos uma migalha aqui, ter programa de cesta básica ali. Isso não resolve nada. Em todos os países que trabalhamos, batemos nesse ponto, e temos visto mudanças radicais, inclusive em nações pobres da África.É preciso mudar a estrutura tributária para que quem tem mais possa contribuir mais. É uma coisa básica”
GERAL
Daniel Alves deixa prisão após pagamento de fiança
Tribunal de Barcelona aceitou pedido da defesa para que ex-jogador aguarde em liberdade a decisão final.
Depois de quase 15 meses preso e de pagar uma fiança de 1 milhão de euros, o ex-jogador Daniel Alves, condenado por ter estuprado uma mulher em uma boate na Espanha, deixou a prisão nesta segunda-feira (25) respaldado por uma autorização de liberdade provisória.
Acompanhado de sua mãe, de sua advogada e de um amigo, Alves saiu nesta manhã da prisão de Brians 2, parte de um complexo prisional a 40 quilômetros de Barcelona e onde o brasileiro estava desde janeiro de 2023, quando foi preso preventivamente enquanto o caso era investigado.
Nesse período, ele teve quatro pedidos para aguardar em liberdade negados. Na semana passada, no entanto, a Justiça espanhola aceitou conceder liberdade provisória.
O ex-jogador pagou, também nesta segunda, a fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões) estipulada pela Justiça. Após verificar o pagamento e recolher os dois passaportes do ex-jogador (o brasileiro e o espanhol), a Audiência Provincial de Barcelona, responsável pelo caso, decretou a liberdade do brasileiro.
Na quarta-feira (20), os juízes da Audiência de Barcelona — a corte mais alta da cidade — aceitaram, por maioria, deixar Alves em liberdade enquanto a defesa aguarda a sentença definitiva. Sua defesa recorreu da condenação.
No sábado (23), o Ministério Público de Barcelona recorreu dessa decisão e pede que Alves volte à prisão. A Audiência de Barcelona ainda vai analisar o pedido da promotoria.
Em fevereiro, Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo crime de agressão sexual — ele foi acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona. A defesa, no entanto, recorreu da sentença e, na sequência, pediu para que o brasileiro aguardasse a deliberação final em liberdade.
Ao deixar a prisão, o brasileiro entrou no carro com o qual sua mãe e sua advogada haviam ido à prisão. O jogador tem uma residência em um bairro nobre de Barcelona. Até a última atualização desta reportagem, a defesa de Alves não informou para onde ele iria.
O brasileiro poderia ter saído na quinta e na sexta, mas nas duas ocasiões não fez o pagamento da fiança.
Conteúdo G1
GERAL
Ataque perto de Moscou: homens armados matam ao menos 40 em casa de shows
Após explosões, local pegou fogo.
No pior atentado na Rússia em 20 anos, um grupo armado de metralhadoras e com roupas camufladas abriu fogo nesta sexta-feira (22) contra homens e mulheres que assistiam em uma casa de shows perto de Moscou —dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas. A Ucrânia, com quem a Rússia trava uma guerra há dois, disse não ter relação com o episódio.
Segundo a Tass, agência de notícias oficial da Rússia, os números mais atualizados são de:
- 40 mortos.
- Mais de 100 feridos.
A ação começou por volta das 20h (14h em Brasília), quando a banda Picnic estava se preparando para tocar na casa de shows Crocus City Hall, em Krasnogorsk, cidade próxima a Moscou. Ao menos cinco atiradores começaram o ataque no saguão e, depois, invadiram o local, de acordo com a Tass.
Foram ouvidas duas explosões no local, e o local pegou fogo. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas, mas, segundo a agência de notícias Tass, o teto do Crocus City Hall pode cair a qualquer momento por causa das explosões e dos tiros.
O Ministério Público abriu uma investigação e afirmou que se trata de um atentado terrorista.
O QUE SE SABE ATÉ AGORA
- Houve 40 mortos e mais de 100 feridos oficialmente, segundo a Tass.
- Ainda não há informações precisas sobre o número de atiradores
- Vídeos nas redes sociais mostram pessoas correndo pelos corredores da casa de show em meio aos corpos das vítimas.
- Foi o pior atentado na Rússia desde a invasão de uma escola em 2004 em Beslan.
- O show da banda de rock Picnic estava prestes a começar.
- O local se chama Crocus City Hall, um espaço com shopping, restaurantes e casa de shows em um mesmo espaço.
- Segundo a Tass, o teto do Crocus City Hall pode cair a qualquer momento por causa das explosões e dos tiros.
- O governo da Ucrânia afirmou que não tem nenhuma relação com o atentado.
Por volta de 20h em Moscou (14h em Brasília), a banda Picnic estava se preparando para tocar quando aconteceu o atentado. Os atiradores começaram o ataque no lobby da casa e, depois, invadiram o salão, de acordo com a agência oficial de notícias Tass.
Até a última atualização desta reportagem, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. Esse é o pior atentado na Rússia em 20 anos, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
Conteúdo G1
GERAL
Instagram e Facebook apresentam instabilidade nesta terça
No Brasil, mais de 19 mil usuários relataram problemas no Instagram, enquanto no Facebook reclamações passam de 38 mil.
O Instagram e Facebook apresentam instabilidade nesta terça-feira (5) e chegaram a ficar fora do ar por volta das 12h30.
O site Downdetector, que reúne queixas sobre aplicativos e sites em vários países, chegou a registrar mais de 30 mil reclamações de usuários do Facebook no Brasil e 19 mil sobre o Instagram(veja na imagem ao fim da reportagem). Os relatos começaram a diminuir por volta das 14h.
Outros países também relataram problemas. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Facebook teve mais de 200 mil reclamações, enquanto o Instagram, mais de 40 mil. Já no Reino Unido, foram mais de 150 mil reclamações no Instagram, e mais de 25 mil no Facebook.
O problema
Ao acessar o Instagram, os usuários notaram que o feed da rede social não carregava e apareciam estas mensagens: “Não foi possível carregar o feed” e “Sem conexão com a internet”. Já o Facebook deslogou os usuários e não permitia que entrassem de volta nos perfis.
Algumas pessoas ainda reclamaram de instabilidade no WhatsApp, que também pertence à Meta, mas as notificações eram em número bem menor no Downdetector em relação às demais plataformas da empresa.
O que diz a Meta
O diretor de comunicações da Meta, controladora do Facebook e do Instagram, Andy Stone, publicou no X, antigo Twitter, que a empresa está ciente da instabilidade e que está trabalhando para resolver.
“Estamos cientes de que as pessoas estão tendo problemas para acessar nossos serviços. Estamos trabalhando nisso agora”, escreveu Stone.
Conteúdo G1
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