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SAÚDE

625 mil novos casos de câncer devem surgir a cada ano até 2022

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O Brasil deve ter aproximadamente 625 mil novos casos de câncer por ano, no triênio de 2020 a 2022. As estimativas são do Instituto Nacional do Câncer, divulgadas nesta terça-feira por ocasião do Dia Mundial do Câncer.

O Inca também fez projeções especificas de casos de câncer infanto-juvenis, que devem somar cerca de 8,4 mil registros, mas tem 80% de chance de cura caso sejam diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

A publicação pontua que aproximadamente um terço de todos os casos poderia ser evitado com a redução ou eliminação de fatores de risco. Como explica a oncologista Maria Inez Gadelha, apesar de ter uma influência genética, o câncer é uma doença social, ligada à urbanização e industrialização.

“85% dos cânceres que incidem em uma população são de causas externas. Fumar, comer mais do que deve, se expor demasiadamente à luz solar, beber continuamente. No caso do câncer de mama e de próstata, que são ligados aos hormônios, a obesidade é um grande fator, porque a gordura no corpo é metabolizada, se transformando em hormônio. E o sedentarismo ajuda a ser obeso. E o mais importante: uma causa de câncer como o tabagismo, que causa câncer desde o lábio até a bexiga”.

Apesar disso, o Brasil ainda registra muitos casos associados à desigualdade socioeconômica e à falta de acesso aos serviços de saúde.

Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por exemplo, o câncer de colo de útero, que tem grande relação com o HPV, vírus identificado no exame preventivo, é o segundo mais incidente em mulheres, e não o terceiro, como no país em geral. E, como ressalta a chefe da Divisão de Pesquisa Populacional do Inca, Liz Almeida, é o tipo de câncer mais evitável. Ainda assim, em todo o país deverão surgir cerca de 16 mil novos casos por ano.

“É um dos poucos tipos de câncer em que a gente conhece muito bem a história natural da doença, que a gente identificou um fator de risco relacionado à ocorrência de todos os casos, que a gente dispõe de exames que conseguem detectar uma lesão antes desses câncer, e que a gente dispõe, inclusive, de vacina para os dois principais tipos [de HPV]. Ele não era nem mais para estar ocorrendo. O que mostra para nós que ainda há muito o que avançar em termos do controle da doença, de organização do serviço, da disseminação da informação no país”.

o Inca estima que o câncer de pele não melanoma vai continuar sendo o mais incidente na população, com 177 mil novos casos por ano, seguido pelos cânceres de mama e próstata, com 66 mil registros cada.

Mas algumas diferenças regionais chamam a atenção. Na região Norte, a porcentagem de pacientes com câncer de estômago em homens deve ser o dobro da porcentagem brasileira. No Nordeste, 40% dos pacientes masculinos devem ter câncer de próstata, enquanto no país essa média é de cerca de 20%. Já a região Sul é a única em que o câncer de traqueia, brônquio e pulmão aparece entre os três mais incidentes em mulheres.

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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SAÚDE

Casos de dengue em gestantes aumentam 345% em 2024

Aumento representa um quadro preocupante de saúde pública.

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Foto: Nuzeee / Pixabay

O número de casos de dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira (1º). 

“Este aumento representa um quadro preocupante de saúde pública, considerando o risco elevado de complicações graves, tanto para elas quanto para os bebês. Formas graves da doença, como choque, hemorragias e óbito representam riscos para as gestantes, enquanto as complicações perinatais incluem prematuridade, restrição de crescimento intrauterino e morte fetal”, informou a pasta. 

Segundo o ministério, em 2023 foram registrados 1.530.940 casos prováveis no país, com um coeficiente de incidência de 753,9 casos por 100 mil habitantes, o que representa um aumento de 16,5% em comparação com o ano anterior.

Desde o início do ano, o Brasil registrou 1.038.475 casos prováveis de dengue e 258 mortes confirmadas pela doença. Outros 651 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país neste momento é de 511,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

Agência Brasil

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